SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 13
SATURNO E SEUS CICLOS,
NA ASTROLOGIA
NA ASTROLOGIA
Algumas Palavras sobre
Saturno e Quíron e Urano
E sobre Netuno e Plutão e Transplutoniano
Janine Milward
Eu gostaria de poder comentar algumas questões sobre Saturno e Quíron e Urano - sendo estes arquétipos a tradução da conclusão da vida Pessoal e Social e a Ponte que se prepara para o início da compreensão da vida Transpessoal.
Quíron possui uma ligação muito simpática com os cérebros direito e esquerdo. O cérebro direito é sensitivo enquanto o cérebro esquerdo é racional. O bom sempre é a gente poder fusionar ambos os cérebros e tirar o melhor partido possível do cérebro direito e do cérebro esquerdo. E Quíron possui a chave desse segredo.
Apenas que a chave desse segredo não é algo simples de se buscar ou mesmo de se encontrar.
Sempre Quíron nos traz dores e mais dores, em nossa vida.
E Saturno traz suas limitações, sempre nos lembrando que estamos encarnados no Planeta Terra para aqui Trabalharmos e Iluminarmos pois que este Planeta é uma Estação de Trabalho e de Iluminação. E para trabalharmos e iluminarmos, temos que ir resgatando nossos Karmas e Samskaras e é também Saturno quem nos aponta essas questões - tanto de vidas anteriores para serem resgatadas nessa vida atual como aquelas questões que não fazem parte de nossa encarnação atual mas que já apontam para o desenho que iremos formular no Baile dos Arquétipos de nosso Risco do Bordado para encarnações futuras, a partir dos Karmas e Samskaras levados até essas futuras vivências sucessivas, sejam Karmas e Samskaras de vidas ainda anteriores, sejam Karmas e Samskaras de nossa vida atual - em ações e reações em potencial. Portanto, sempre Saturno está nos lembrando que é o Senhor do Karma e do Tempo e do Umbral: é exatamente aqui no Planeta Terra, lugar de plenitude de materialização, que temos que evoluir.
E a evolução acontece a partir de Urano, o despertador da consciência mais elevada, aquele que nos liberta das ataduras da mente, aquele que sempre vem nos trazendo seus cortes guilhotinais e dolorosos, verdadeiramente redesenhadores de nossa vida - queiramos ou não queiramos.
Porém, para iniciarmos nossa conversa acerca A Ponte e os Planetas Transpessoais, não ficaremos apenas comentando sobre a dor quironiana e/ou sobre os cortes guilhotinais uranianos! Isso porque a dor quironiana é apenas uma ponta do iceberg, digamos assim, e da mesma forma, os cortes uranianos!
A dor quironiana acontece, sim, sabemos por seu mito por nós estudado ao longo de nosso curso e que também consta dentro de nossa aula teórica sobre a arqueologia da alma sobre Quíron..., sabemos que esta dor é exatamente aquilo que mostra que Quíron possui sua parte humana - seu lado cavalo - e que os humanos sentem dor, seja na alma, seja no corpo físico ou nos demais corpos que lhes fazem parte da encarnação. No entanto, é bem onde repousa essa dor que existe o remédio para a mesma, que existe a cura.
E sabemos que Quíron é o Curador Ferido, ele possui o dom da Cura, sim, em vários níveis dessa cura porém possui também sua Ferida, tanto psíquica quanto física: psiquicamente, em termos das várias rejeições que sofre, e fisicamente, em termos do fato de ser metade homem-metade cavalo, em primeiríssimo lugar, e por causa da flechada envenenada que Hercules, por acidente, fez acontecer em sua perna. E existe sua dor social, porque é um Centauro mas é um Semi-Deus e não se dá bem com os demais centauros e também vive separada dos demais deuses e semi-deuses. Porém, sabe sobre a Cura como ninguém e não exatamente quer se curar: como curar a si mesmo e então não poder saber sobre a dor humana, sobre a dor do mundo? No entanto, é vencido por esta dor e implora pela mortalidade que lhe é dada imortalizadamente através a constelação do Centauro, nos céus estrelados (alguns autores dizem que formou a constelação do Sagitário). E enquanto estava ainda na Terra, por causa de sua imensa sabedoria e mestria, tornou-se o Mestre de todos aqueles que o procuravam pela iniciação que Quíron lhes ministrava na vida, em seus auto-conhecimentos, tornando-se heróis, ou seja, aqueles que obtiveram a plenitude de seus processos de individuação e que partiram para cumprir com suas missões de vida.
E sabemos que Urano é o Céu Estrelado, sempre emprenhando Gaia, a Mãe-Terra... e fazendo a vida do Pluriverso acontecer - porém de forma um tanto desordenada, que poderíamos chamar de Caos. Foi Saturno, seu filho, que colocou ordem no galinheiro, digamos assim, não deixando mais que seu pai Urano emprenhasse Gaia com mais e mais filhos, ilimitadamente emprenhada por Urano.... e trouxe o mundo à ordem, que poderíamos chamar de Cosmos.
No entanto, sabemos que sempre que Saturno nos impõe um limite..., esse limite acaba sendo rechaçado pelo próprio Urano, o Céu Estrelado! Assim é a Ciência e assim é a Metaciência: sempre que se consegue alcançar um patamar de sabedoria e de conhecimento, abrem-se novos caminhos para satisfazer às novas indagações que se seguem. Sendo assim, sempre que Saturno traz um limite, Urano vai além desses limites.
Urano é aquele que possui o conhecimento já instaurado naturalmente dentro de si mesmo: tudo advém do céu e é a partir dessa inter-relação entre céu e terra, que o homem se colocou enquanto mediador e passou a desenvolver sua mente: Assim como no Céu, existe na Terra.
Lao Tse, o Mestre do Tao, sempre nos lembra:
O homem se orienta pela Terra
A Terra se orienta pelo Céu
O Céu se orienta pelo Tao
O Tao se orienta por sua própria natureza.
Portanto, Urano, o Céu Estrelado, está bem mais próximo do Céu orientado pelo Tao que se orienta naturalmente, por sua própria natureza.
Srii Srii Srii Anandamurti, o Mestre do Tantra, sempre nos lembra:
Você nunca está só ou abandonado: a força que guia as estrelas, guia você também.
Por tudo isso, podemos ver que Urano traz consigo um conhecimento bem mais amplo - bem mais além do que a vã mente humana consegue supor.
E por esta mesma razão, Urano dá o começo daqueles que chamamos de Planetas Transpessoais, sendo seguido por Netuno e por Plutão e pelos Transnetunianos e Transplutonianos que viermos a conhecer!
Para que o Caminhante possa se aperceber mais profundamente sobre os conhecimentos advindos a partir da mente uraniana, é preciso que se abra mais intensamente a partir de Quíron - a Ponte entre os Planetas Pessoais e Sociais e os Planetas Transpessoais!
Quíron, por um lado, tem seu pacto de concretização da encarnação dentro do Planeta Terra, Estação de Trabalho e de Iluminação. Luz é matéria e a Terra é lugar de plenitude de matéria e por isso mesmo, é aqui que trabalhamos - cada um de nós tem sua missão específica -, e é aqui que iluminamos e tecemos nosso caminho da Iluminação e posteriormente, nosso Caminho da Liberação ou Imortalidade.
Por tudo isso, os cortes guilhotinais uranianos são vistos sempre como redesenhadores da vida propriamente dita, sim, dentro da encarnação.... porém são vistos também com outros olhos: esses cortes redesenhadores fazem com que o Caminhante possa ampliar sua consciência e por esta razão, saber redesenhar sua vida dentro do aprofundamento do seu auto-conhecimento de forma a bem poder cumprir com suas missões de vida que lhes foram anunciadas dentro do seu Risco do Bordado, de seu mapa astral natal.
Urano traz o conhecimento ampliado da consciência; Netuno traz a transcendência da consciência já buscando sua iluminação; e Plutão traz a metamorfose e a regeneração de todos esses fatores de forma que o Caminhante possa realmente vivenciar sua vida dentro de novos valores, dentro de novos patamares de existência através aquilo que lhe rege fundamentalmente sua vida, seu Dharma, sua forma mais essencial de ser. Então, Quíron faz sua parte, tentando meio que curar sua dor e ao mesmo tempo buscando tornar-se sua própria mestria. Fazendo isso, torna-se o Caminhante que possui a consciência de sua própria mestria e por isso mesmo, pode fazer parte do grupo daqueles que têm consciência de suas próprias mestrias... e de suas próprias dores que nunca são curadas, apenas compreendidas.
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Se tivermos uma boa ampliação de consciência e seguirmos nossos caminhos sempre buscando alimentar essa ampliação de consciência, estaremos andando muito bem, sem dúvida alguma, em nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação. A cada encarnação nossa, temos a oportunidade de avançarmos alguns degraus nessa ampliação de consciência. Se acaso nos atermos por demais da conta nas nossas dores e nos nossos cortes guilhotinais, terrenos, de vida de encarnação, estaremos chorando nossas dores e tentando contornar esses cortes.... mas sempre tudo fica bem melhor quando ampliamos nossa consciência. Tudo dói menos, quando a consciência está ampliada porque existe a compreensão das questões. Os cortes são menos radicais, porque redesenham nossos caminhos em seus melhores caminhos, eu diria.
A Ponte
entre os Luminares e os Planetas Pessoais e os Planetas Sociais...
e os Planetas Transpessoais ou Universais
Quíron
Curador Ferido e Mestre dos mestres
O mestre é aquele que possivelmente já alcançou seu Caminho da Iluminação, possuindo, assim, mente infinita e iluminada. O Mestre é aquele que já certamente alcançou sua Iluminação e já também alcançou seu Caminho da Imortalidade ou Liberação, com mente e vida infinitas e iluminadas. O Mestre é aquele que realizou em seu corpo físico de homem o Corpo de Luz do Homem Sagrado.
Houve um dia em que Saturno, Chronos, o Deus do Tempo, um pouco que querendo namorar uma moçoila - e tendo que se esconder dos olhares vigilantes de sua mulher - se transformou num belo cavalo e emprenhou uma ninfa, Filira, filha de Oceano. Filira deu a luz ao um centauro! Ela entrou em desespero e Júpiter, Zeus, o Deus poderoso do Olimpo, deus dos deuses, com pena , a transformou numa planta, a tília. O pobre centauro, Quíron, ficou órfão, sem pai e sem mãe..... Então surge o primeiro arquétipo manifestado por Quíron: a rejeição sofrida pelo pai e/ou pela mãe. Abandonado, rejeitado, o pobre Quíron, parou nas mãos iluminadas de Apolo e justiceiras e sábias de Pallas Athenas, a Minerva! Assim, o ceutaurinho foi criado no Olimpo, longe dos outros centauros de sua mesma espécie. Surgem, então outros bons arquétipos a partir do Quíron: apesar de rejeitado, o patinho feio virou cisne! - Quíron teve uma excelente educação!
Quíron mostrou que a parte animal o prendia à Terra, à encarnação, juntamente com os chacras mais básicos. Porém, a parte humana do umbigo para cima, com os chacras superiores desenvolvidos, com o desenvolvimento da mente, o processo de expansão da consciência, o processo de individuação, o expandia para o céu! Ao mesmo tempo, que é bom se pensar que sua parte animal provinha de um deus, Saturno, e que sua parte humana, provinha de uma ninfa, um mulher encarnada no Olimpo da Terra.
No entanto, Quíron não exatamente quis viver toda sua vida no Olimpo e se retirou para o Monte Pélion, para uma caverna aonde tinha nascido, nas partes oeste e norte, do Olimpo, enquanto, Júpiter, o poderoso, reinava nas partes leste e sul. Novamente surgem outros arquétipos: a humildade, a necessidade de um certo afastamento de seus grupos: tanto os deuses e semideuses, quanto os humanos, quanto os centauros: um estranho no ninho!
Assim, existem outras questões que o arquétipo de Quíron podem nos mostrar: morar de maneira humilde e afastada do burburinho, sem grandes estilismos. A escolha da moradia voltada para o oeste: o final da vida, o lugar da Retirada, do Repouso do Herói, do afastamento da mundanidade. A compreensão do Mundo da Manifestação e do Mundo da Não-Manifestação. O Leste é o começo, não é mesmo? O Norte é o lugar dos Mestres iluminados e imortais, o além da vida encarnada.... e o Sul, por outro lado, é o lugar da encarnação na Terra, das raízes, da família da Terra.
Ali, Quíron viveu sua vida porém.... não sozinho, não! Ele se casou com a naiade Charicles e com ela teve uma filha, Thea, uma profetiza que por sua vez se casou com o sábio e cego Tirésias.... Contam as lendas que Thea profetizou que seu pai, um semideus imortal, pediria pela morte.... e por isso mesmo foi transformada por Netuno, Posseidon, numa égua que, no céu, traçava a constelação de Pégaso. E Quíron ia recebendo a visita de umas pessoas que ouviram falar de sua sabedoria e de seu poder de iniciador.... Porém essas pessoas chegavam até Quíron ainda muito carentes do conhecimento de suas verdadeiras identidades... e após receberem a dádiva da sabedoria e da iniciação no processo de individuação dadas pelo Quíron, O Mestre, se tornavam Hércules, Jasão, Teseu, Esculápio (que se tornaria mais tarde o pai da medicina que aprendera com Quíron....). Hércules, inclusive, se tornou amigo mesmo de Quíron. Surgem outros arquétipos encarnados por Quíron: O Mestre, aquele que mostra o Caminho, aquele que vivencia em si mesmo o Tao e o Te, O Caminho e A Virtude...... O Iniciador, aquele que coloca o homem em seu Caminho para se tornar Homem Sagrado. Houve uma vez, em que Quíron e Hércules, em uma festa de casamento, entraram em luta com uns centauros bêbados, e então uma das flechas envenenadas do Hércules acertou o tornozelo do Quíron.... não se esqueça, em sua parte animal! Quíron, aquele que sabia tudo sobre medicina, não se curou dessa ferida..... sabe por que não? Porque, para ele continuar a ser o Mestre iniciador dos homens que seguiriam suas trilhas de Iluminação e de Liberação, ele teria que estar encarnado! Você sabia disso? Para nos iluminarmos e nos liberamos da Roda da Vida, a Samsara, temos que estar encarnados! Por isso, a Terra é um lugar absolutamente privilegiado para trilharmos nossos Caminhos da Iluminação e da Imortalidade. E Quíron, O Mestre, sabia disso! E por isso não se curava daquela ferida.... e mais: como saber da dor da encarnação? Doendo! Como entender os homens encarnados e mortais? Vivendo e sofrendo! Nesse momento, surge talvez o maior e mais conhecido arquétipo advindo de Quíron: O Herói Ferido, O Curador Ferido, O Curador que não consegue/quer se curar.......
Mas chegou um tempo em que Quíron se cansou de sua imortalidade. Sua mulher tinha morrido, sua filha já brilhava no céu, restara apenas Tirésias que viveu cerca de 900 anos..... Sendo filho de Saturno, ele era imortal e teria que viver tempos sem fim! Havia Prometeu Acorrentado, tendo seu fígado todos os dias sendo comido num longo e torturante castigo... porque havia roubado dos deuses o fogo para entregar aos homens. O fogo significa consciência, poder adquirido a partir da expansão da mente. O fogo significa iluminação. Os homens poderiam se tornar Homens Sagrados! Os homens poderiam se tornar deuses!
Júpiter libertou Prometeu, conferindo-lhe a imortalidade do fogo do espírito.... ao mesmo tempo que liberou Quíron de sua imortalidade na Terra e o transformou em imortalidade de luz do céu! Quíron ascendeu aos céus em seu Corpo de Luz e se tornou uma constelação, de tanta luz que tinha! Novamente nos deparamos com mais um arquétipo inspirado em Quíron: seu desejo de também realizar a morte, uma experiência essencialmente dos mortais.
Assim, Quíron é o pai da medicina, é o curador ferido que não consegue/quer curar a si mesmo, é imortal e reverte essa imortalidade em mortalidade... Dizem que Quíron é o Sagitário, o Centauro do Anel do Zodíaco. Porém também Quíron pode ser o próprio Centauro, a constelação que rodeia o Cruzeiro do Sul. Eu penso que Quíron rege VIRGEM. Não se assuste! É isso que eu penso sim porque Mercúrio é de Gêmeos mesmo, não exatamente de Virgem. Virgem é o aprendizado na encarnação, é o encarnar, é trabalhar, é descobrir que tem que ser herói na vida. O eixo 6-12 é de importância vital: encarnação na matéria e iluminação no espírito! E Quíron, sendo o Mestre, é aquele que realiza em si mesmo esse eixo com perfeição. E podendo fazer isso, ele se torna o Mestre, a ponte, para todos os outros homens em busca de seus processos de individuação e de seus Caminhos de cumprimento das missões de encarnação e de Iluminação e de Imortalidade ou Liberação!
Assim, caro amigo, em seu próprio mapa astral natal bem como em todos os outros mapas advindos do mapa natal, é bom olhar bem para seu Quíron e procurar entender até onde você está vivenciando o Quíron em seu lado animal ou humano. E certamente eu acredito que, principalmente depois de nossa oposição de Urano, entre os 39 e 42 anos, é que podemos dimensionar realmente se estamos vivenciando o Quíron em seu lado animal ou humano. Feito isso, podemos então começar a trilhar nosso desejo de alcançar nosso lado de semideuses, mesmo, por que não? Então, aos 49 anos, com o Retorno de Quíron, o mapa para esse momento certeiro reproduz nosso novo caminho a ser trilhado na vida.... De uma forma geral, já é em nossos anos 50, que a gente começa a encarnar nosso Quíron com serenidade, com muita serenidade: é tempo de começar a aprender a vivenciar a mestria, não é mesmo? E é no mapa realizado pelo segundo Retorno de Saturno (que começa a se manifestar logo depois da oposição de Urano, intensificando com o Retorno de Quíron e estruturando por volta dos 58 anos..... ) que o melhor da vida começa a poder acontecer: a maturidade concedida por Saturno, o Sério e o Limite (o mundo manifestado), por Urano, o Libertado e o Libertador, (o mundo não-manifestado) e por Quíron, O Mestre, aquele que sofre em seu corpo físico mas que ascende aos céus em seu Corpo de Luz....
Quíron, O Mestre, nos céus objetivos, trafega entre Saturno e Urano! Saturno nos dita os limites do Mundo da Manifestação, não é mesmo? E Urano nos arremete para a grande verdade do Mundo da Não-Manifestação! E é Quíron, uma pedrinha à toa, um planetóide de cerca de 400 quilômetros de diâmetro, que nem é considerado planeta nem asteróide ou cometa (corre o risco de ter nascido nas Nuvens de Oorth, um cinturão de pedras que se localiza para além de Plutão, já quase fóra de nosso quintal de nosso Sistema Solar....)...... é Quíron, eu dizia, quem faz a ponte entre Saturno e Urano, entre o Mundo da Manifestação e o Mundo da Não-Manifestação!
Quem é o Mestre? O Mestre é a ponte! O Mestre é aquele que fusiona em si mesmo o mundo manifestado e o mundo não-manifestado, que traz em si mesmo o Tao manifestado como Princípio Primordial, traz a sabedoria manifestada como o Tesouro do Espírito, e é Mestre porque vivencia tudo isso em seu corpo físico alquimizado na Alquimia do Caldeirão, ou seja, tem seu corpo físico trabalhado em seu Caminho da Iluminação lhe conferindo mente e consciência infinitas e iluminadas..... ao mesmo tempo que também já conseguiu seu Corpo de Luz trabalhado em seu Caminho da Imortalidade lhe conferindo vida infinita e iluminada adjunta à consciência infinita e iluminada.
Qual é a diferença entre mestre e Mestre? O mestre é aquele que possivelmente já alcançou seu Caminho da Iluminação, possuindo, assim, mente e consciência infinitas e iluminadas. O Mestre é aquele que já certamente alcançou sua Iluminação e já também alcançou seu Caminho da Imortalidade ou Liberação, com mente e vida infinitas e iluminadas. O Mestre é aquele que realizou em seu corpo físico de homem o Corpo de Luz do Homem Sagrado.
Somente um Mestre Liberado pode conceder a verdadeira Iniciação aos mestres iluminados. Somente o Mestre Liberado pode conceder a verdadeira Iniciação aos Mestres no Caminho da Liberação. E é somente dentro da matéria, dentro da encarnação, dentro do corpo físico, que o mestre Iluminado pode se tornar Mestre Liberado....
Assim, caro Amigo das Estrelas, proteja sua vida de encarnação sempre com muito carinho. É aqui, nesta Terra privilegiada, que podemos realizar a Alquimia do Caldeirão, a transformação de nosso simples corpo físico em Corpo de Luz e ascendermos aos céus para nos tornamos uma estrela.... O Mestre é uma estrela, é um pedacinho do fogo da iluminação da eternidade do espírito do Tao da Criação, da Suprema Consciência. Assim, melhor que Curador Ferido, a referência à Quíron é a de Mestre.
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Sempre nos lugares onde encontramos Quíron - moradia natal ou lugar em trânsito - estaremos nos encontrando com nossa dor, com nossa ferida e ao mesmo tempo estaremos nos encontrando com a solução para nossa dor, para a cura de nossa ferida. Ao fazermos isso, ao bem sabermos sobre a dor pessoal e sobre a dor coletiva, a dor do Outro, saberemos como curar a nós mesmos e à coletividade, como um todo. E assim, nos tornaremos mestres dentro daquelas circunstâncias.
Quando Quíron vai se encontrando, em Trânsito, com os demais Arquétipos, também lhes vai conferindo seu ponto de dor e seu ponto de mestria, ou seja, vai lhes conferindo maior ampliação de suas consciências arquetípicas.
Não podemos nos esquecer que ora Quíron transita próximo ao Saturno - dentro do mundo da manifestação -, e ora transita mais próximo ao Urano - dentro do mundo da não-manifestação. então, ora ele nos leva à dor e à mestria de buscarmos nossa consciência em sua plenitude dentro da materialização e do cumprimento de nossas missões planetárias - em Saturno e em Capricórnio -, e ora ele nos leva à dor e á mestria de buscarmos nossa consciência em sua plenitude dentro da extrapolação, da dimensão mais elevada, para ainda além do mundo da materialização - em Urano e em Aquário. E certamente, a partir de Saturno em relação ao Sol, Quíron nos leva a assumirmos nosso lado animal e humano. Porém, a partir de Saturno em relação à exterioridade de nosso Sistema Solar, passando por Urano e por Netuno e por Plutão e pelo Transplutoniano, Quíron, nos leva a assumirmos nosso lado semideus e herói, nosso ser superior que habita dentro de nós e que precisa também vir a ser exteriorizado, através nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação ou Imortalidade.
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Em sendo Quíron um Arquétipo voltado para atuar como ponte entre o mundo da manifestação saturnino e o mundo da não-manifestação a partir de Saturno, voltado também para a dor animal e sua cura humana, voltado para a busca de sua emancipação animal e humana como ser superior, voltado para a mestria...., as situações pessoais e coletivas, é preciso ver que seu posicionamento natal e os eventos que nos vão acontecendo sejam também coadjuvados pelas demais pessoas junto a nós!
O posicionamento da Ponte de Quíron dentro de nosso Risco do Bordado ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Os Planetas Transpessoais ou Universais
Urano, Netuno e Plutão
E ainda dois dedos de Prosa sobre Transplutoniano
Urano
Despertador da consciência mais elevada
através o corte guilhotinal e inesperado que redesenha nossa vida
Urano é o Planeta que traduz nossa mente em termos mais elevados, em dimensões mais amplas, atuando intensamente a Ponte que foi realizada por Quíron enlaçando o mundo da concretude, estabelecido pelos Luminares e pelos Planetas Pessoais e Sociais - até Saturno - com o mundo da não-concretude, estabelecido a partir de Urano e sendo seguido por Quíron e por Plutão, os Planetas Transpessoais ou Universais.
O desejo da Alma de vir à encarnação e vivenciar seus resgates de Karmas e Samskaras a partir do acúmulo de vidas anteriores expressadas através do Risco do Bordado, do mapa astral natal, é tão somente um desejo de ampliação de sua mente, mente essa advinda do Tao da Criação.
A cada encarnação existe para nós a grande potencialidade de expansão de nossa mente, de iluminação da mesma, degrau por degrau, passo por passo, encarnação por encarnação.
Esse desejo primordial da Alma - o de expansionar sua consciência até torna-la infinita e iluminada e então poder fusionar-se ao Tao da Criação, à Paramapurusa, a Deus - é expresso através o arquétipo uraniano que reside em nosso Risco do Bordado.
Essa ampliação de nossa consciência é fundamental no sentido de nos aprofundar em nosso auto-conhecimento e na conscientização plena acerca de quem somos nós e quais são nossas missões de vida a serem cumpridas.
Portanto, é também através do arquétipo uraniano que nos encontraremos com nossas rupturas em relação a tudo aquilo que precisa ser redesenhado dentro de sua aparente permanente preservação (afirmada e reafirmada através a aglutinação dos arquétipos pessoais e de identidade pessoal e sociais, fundamentalmente através Saturno, aquele que sempre apresenta os limites, as definições, a preservação e a boa manutenção de tudo). E por isso mesmo, seja através das rupturas agidas de dentro para fora ou de fora para dentro - interiores em nós ou exteriores a nós - esses cortes guilhotinais (e muitas vezes inteiramente inesperados) acionam nossos revirões de vida, dos menores aos médios e aos maiores.
É sempre através dos lugares de Urano natal e de Urano em trânsito (ou Urano dentro dos mapas coadjuvantes) que encontramos nosso referencial para nosso grande Revirão de vida.
Lao Tse, o Mestre do Tao, nos diz em seu Capítulo 53:
O Grande Caminho é bem tranqüilo
Mas os homens gostam bastante de trilhas
A grande missão de Urano em nossa vida é de nos recolocar em nosso Grande Caminho. E por isso mesmo, ao longo de nossa vida, enquanto estivermos caminhando por trilhas somente, ou mesmo um tanto distanciados de nosso real Caminho, Urano estará nos trazendo rupturas e mais rupturas, verdadeiros Revirões de vida, até que nos coloquemos em nosso Grande Caminho.
Essa questão nos acontece ao longo de bilhões de vidas, sendo que Urano nos traz seus cortes guilhotinais, suas rupturas, menores, médias e maiores, e Plutão nos traz a vida e a não-vida, suas metamorfoses e suas regenerações, menores, médias e maiores.
Ao realizar os grandes cortes, as grandes rupturas, Urano vai sintetizando tudo aquilo que ao mente vai amealhando ao longo de todas nossas vidas sucessivas. Plutão, por outro lado, vai fazendo uma determinada triagem, deixando para restar no ontem tudo aquilo que não mais faz sentido em ser usado hoje e amanhã e depois-de-amanhã... e ao mesmo tempo, vai buscando no ontem tudo aquilo que pode vir a ser uranianamente redesenhado e atualizado para ser vivenciado no hoje e no amanhã e no depois-de-amanhã.
Portanto, Urano, o despertador da consciência, e Plutão, o metamorfoseador e regenerador - ambos por mim denominados de Os Nitroglicerinados -, vão trabalhando juntos, sempre, em termos da evolução eterna de nossa Alma. Quíron, a transcendência, estará nos trazendo a espiritualidade necessária para que possamos bem realizar essa evolução anímica. Por isso mesmo, é sempre importante que vivenciemos nosso Quíron dentro da objetivação da subjetividade do mundo da não-manifestação em bom nível - afastando as ilusões e os desenganos e os escapismos.
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Quando a alma vem para a encarnação, ela diz: Eu Farei; ao longo de sua vida aqui na Terra, ela diz: Eu Faço; quando de sua saída da encarnação, ela diz: Eu Fiz. É bom que quando dissermos Eu Fiz, que isso vá significar real proficiência de cumprimento de metas da vida e real ampliação da consciência. Dessa forma, nossa vida seguinte poderá estar mais leve, menos carregada de situações de Karmas e Samskaras negativos - ações e reações em potencial - que nos leve e nos submeta a resgates e vivências por longos tempos.... ao contrário, que a gente possa logo logo se desembaraçar dos mesmos e continuar em nossa longa jornada de irmos ampliando mais e mais nossa consciência.
É somente nossa mente que levamos de uma encarnação à outra, somente nossa mente, somente nossa mente. O quão máximo possível a gente puder ampliar a mente, em uma encarnação, melhor! Nossa longa jornada - como nos diz o Mestre do Tao, Lao Tsé, fica mais encurtada, mais leve, mais consciente.... até nos tornarmos Bodhisattvas, um ser de compaixão que desce ao Planeta para ajudar as demais almas em suas encarnações a serem mais conscientes e tornar suas jornadas mais leves.
Para que nos tornemos Bodhisattvas, é preciso que não mais tenhamos quaisquer Karmas ou Samskaras negativos a resgatar! E somente alcançaremos essa realidade através a expansão de nossa consciência para torna-la infinita e iluminada. E essa é uma tarefa para Urano, o despertador da consciência mais elevada.
A meu ver, a principal ruptura trazida pelo arquétipo uraniano é a ruptura com o sentimento da permanência, é a ruptura com o sentimento da superficialidade de pensarmos a vida como algo que existe apenas dentro do mundo da concretude, é a ruptura com o sentimento de que tudo apenas começou em nosso nascimento e que tudo apenas terminará em nossa morte.
Não. Nada termina com nossa morte: é apenas uma continuidade da vida, porém, em outra dimensão. A visão de que tudo termina na morte é uma visão de efemeridade. A visão de que o fio da vida é infinito, é uma visão de eternidade.
A partir de Urano, podemos compreender mais claramente sobre as questões voltadas para a efemeridade e para a eternidade; sobre as questões voltadas para o mundo da manifestação e para o mundo da não-manifestação; sobre as questões voltadas para a ilusão de Maya e para a verdadeira Maya, aquela que traz em si Prakhtri, operando a realidade do mundo da existência que sempre é advindo do mundo da não-existência.
Sempre tudo acontece através do deslocamento e da condensação... que se traduzirá em novo deslocamento. Do mundo da não-manifestação ao mundo da manifestação e do mundo da manifestação ao mundo da não-manifestação. Do sutil ao denso e do denso ao sutil: o ciclo de Brahma, o ciclo da eterna mutação dentro da Criação... porém tudo apenas revela o Desejo do Amor advindo do Tao da Criação, que não tem qualquer exteriorização, apenas interiorização absoluta... e por isso mesmo, pode fazer movimentar o Desejo da Criação.
Sendo assim, através Urano em nosso Risco do Bordado, poderemos compreender sobre nosso Desejo de Criação de nossa Alma em termos de nos movimentar para nossa realização de missões de encarnação: todas missões voltadas para a ampliação de nossa consciência.
Srii Srii Anandamurti nos diz:
A meta da vida humana é fusionar-se a Paramapurusa. Ao Tao da Criação. A Deus.
Talvez pudéssemos também dizer: o desejo único da Alma é o de retornar à Fonte Primordial, a Paramapurusa, ao Tao da Criação, a Deus.
É um desejo de pleno Amor.
E para tanto, precisa ser também espelhado enquanto um desejo de Trabalho.
Dentro de um ponto de vista mais poético, poderemos dizer que o Tao criou a Criação dentro de si mesmo, como seu espelho no mundo da manifestação. E fez isso por Amor.
O Amor à Criação fez deslocar o Desejo da Criação e sua condensação aconteceu através a realização de seu Trabalho.
Cabe ao homem, aquele que pode ampliar ao máximo sua mente até torna-la infinita e iluminada e fusionada ao Tao, de atuar como o co-Criador da Criação. E para tanto, seu Desejo de Amor é voltado para a Criação em si e seu Outro, dentro do mundo da manifestação, e através suas inúmeras e incontáveis encarnações, pode realizar seu Trabalho. Em fazendo isso, o homem eleva-se ao mundo da não-manifestação para poder alcançar o Tao da Criação e com ele se fusionar.
Dentro da Criação, tudo é plural e coletivizado. Porém somente existe o Tao, que é Uno e Absoluto. Até o próprio mundo da não-manifestação ainda é um Criação sob o Tao. Quando o homem alcança a possibilidade de se fusionar ao Tao da Criação, ele compreende o todo da Criação, essa imensa coletividade e pluralidade, como a própria unicidade que existe em si mesmo. Por isso, pode dizer: Eu Sou a Consciência Cósmica; a Consciência Cósmica Sou Eu. Hom So.
Portanto, o Desejo dentro do mundo da manifestação é o de desenvolver plenamente a mente - razão pela qual toda a natureza da Criação existe, através bilhões e bilhões de encarnações, desde o princípio dos tempos desse nosso Universo que conhecemos até o final .... do mesmo... e ainda para depois do final, quando estivermos todos contidos novamente dentro da Unicidade da semente ainda Yin aguardando seu momento Yang de desabrochar em Big Bang de um novo universo a-vir-a-ser.
E o Desejo dentro do mundo da não-manifestação é que essa mesma mente se torne infinita e iluminada e de forma tal que também possa tornar o corpo físico em Corpo de Luz, também infinito e iluminado: estaremos então, depois de uma longa jornada que tenha começado a partir do primeiro passo, nos tornando co-criadores da Criação, junto ao Tao.
A meta da vida humana é fusionar-se a Paramapurusa, a Deus, ao Tao da Criação.
E é sempre Urano, o despertador da consciência mais ampliada, que nos fará mais conscientes a respeito de nossa vida de aqui-e-agora e de nossa vida de ontem e de amanhã, do longo fio de todas nossas encarnações; mais conscientes a respeito da efemeridade da vida de hoje e da eternidade de nossas vidas de hoje, de ontem e de amanhã e de sempre, sob o Tao da Criação.
Até Saturno, temos a consciência de nossas vidas acumuladas em Karmas e Samskaras a serem bem realizadas aqui, no Planeta Terra, por exemplo, ou quem sabe em outro lugar, outro Planeta similar ao nosso, lugar de plenitude de materialização. Saturno nos leva a bem nos realizar dentro de nossa vida encarnada no Planeta Terra, lugar de Trabalho e de Iluminação.
Porém, a partir de Saturno, Quíron, a Ponte, já vem nos revelando tudo aquilo que Shakespeare nos aponta como “algo mais que existe entre o céu e a terra”. E será através de Urano que o Desejo da verdadeira realização de nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação devem também, saturnianamente, serem concretizados em Planetas de plenitude de materialização, assim como nossa Mãe-Gaia.
A Iluminação pressupõe mente infinita e iluminada. A Liberação, ou Imortalidade, pressupõe vida infinita e iluminada.
Poderíamos então dizer que Urano será o arquétipo mais indicado para a realização do Desejo de expansão da mente a fim de torna-la infinita e iluminada - certamente com a ajuda plena de todos os demais arquétipos de nosso Sistema Solar, fundamentalmente com a boa ajuda de Quíron e de Plutão e do Transplutoniano.
Apenas poderemos trilhar o Caminho da Liberação, ou Imortalidade, se tivermos nossa mente plenamente iluminada e infinitizada: isso é a Iluminação. No entanto, o Iluminado ainda está atado à Roda da Vida, a Samsara, e por isso mesmo precisa retornar à encarnação quantas vezes for necessário para que possa realizar a Alquimia do Caldeirão, ou seja, a transmutação de seu corpo físico em Corpo de Luz, que não morre e sim ressuscita - assim como Mestre Jesus nos mostrou claramente que é possível acontecer. Isso é a Liberação, a Imortalidade.
O Imortal, o Liberado é aquele que não mais está atado à Roda da Vida, à Samsara, assim como a conhecemos porque agora possui vida iluminada e infinitizada.
Podemos então pensar que Urano, o despertador da consciência, nos aponta o caminho, longo caminho, para todas essas questões. E será também Urano aquele que nos abrirá novos rumos de compreensão, nos retirará as ataduras da mente para que possamos nos realizar plenamente, sob o Tao da Criação.
Penso ser Urano o arquétipo mais fundamental dentro do Caminho da Iluminação, e penso ser Plutão o arquétipo mais fundamental dentro do Caminho da Liberação ou Imortalidade.
Portanto, primeiramente nossa mente é trabalhado pelo arquétipo uraniano. Quando a mente está plenamente trabalhada, aí então essa mesma mente poderá vir a alquimizar a própria vida que em si reside, através o arquétipo plutoniano. A Alquimia do Caldeirão, a transmutação do corpo físico em Corpo de Luz, Solar, Diamantino, é trabalho de Plutão, o metamorfoseador e o regenerador.
A meu ver, todos os conhecimentos que recairão sobre aquele que conseguiu alcançar a Imortalidade ou Liberação - ou mesmo ainda em alguns estágios de vidas dentro já da Iluminação e de seu Caminho... -, são questões advindas de Ísis, a guardiã dos segredos do conhecimento, um Transplutoniano ainda não descoberto fisicamente.
Netuno
Inefável, sutil e transcendente; escapista, drogado e medicante; lamuriento, marginalizado, difuso, esfumaçado, perdedor
Em termos de Netuno, o Planeta da Transcendência, eu diria que nem sempre é fácil o reconhecermos dentro da arquetipologia mais essencial vivenciada pela grande maioria das pessoas que povoam o Planeta Terra!
No entanto, sabemos também que um arquétipo jamais deixa de ser vivenciado - mesmo que a consciência da pessoa não esteja ainda plenamente aberta para poder explorar esse mesmo arquétipo em todas suas possíveis graduações, dentro de suas questões mais positivas, digamos assim, e dentro de suas questões menos positivas.
No caso de Netuno, uma de suas questões mais positivas a serem potencialmente vivenciadas em seu arquétipo é, a meu ver, a Transcendência, a compreensão mais profunda que realmente existe algo a mais entre o Céu e a Terra e fundamentalmente, a compreensão mais profunda que estamos aqui na Encarnação no Planeta Terra exatamente para podermos vivenciar este Planeta de matéria plena enquanto nosso Caminho de Iluminação (nos trazendo mente infinita e iluminada) - pois Luz é matéria - e ao mesmo tempo, podermos vivenciar nosso Caminho da Liberação - pois é somente dentro de um Planeta de matéria plena é que poderemos transubstanciar nosso Corpo físico em Corpo de Luz, nos trazendo vida infinita e iluminada.
Esse segundo Caminho, o da Liberação ou Imortalidade, somente pode ser realizado a partir da conclusão do primeiro Caminho, o da Iluminação. No entanto, já em nosso Caminho da Iluminação, podemos postular nosso Desejo de vir a nos tornar Bodhisattvas - ou seja, já nos tornamos verdadeiros Discípulos do Mestre do Tao da Criação e expressamos nosso desejo de nos tornarmos co-criadores, sim, porém ainda dentro da expressão máxima de nossa Compaixão verdadeira, nosso real Netuno, de não nos libertarmos da Samsara até que a última alma humana tenha realizado sua Iluminação!
Ainda dentro das questões mais positivas a serem vivenciadas em Netuno, encontraremos a elaboração do Espírito e da Arte!
Dentro das questões menos positivas, digamos assim, em Netuno, poderemos encontrar a mendicância, o escapismo, os vícios cruéis e arraigadores, as ilusões e os enganos.
Em termos de religiosidade, é certo que Netuno estará operando a todo vapor! Porém, existe uma diferenciação entre religiosidade e espiritualidade!
A religiosidade pressupõe o homem compreender sua inter-relação entre o Céu e a Terra e buscar sua fusão com o Divino. A religiosidade pressupõe o respeito e a adoração ao Divino e ocorre num plano netuniano mais subjetivo.
A espiritualidade pressupõe o homem não somente compreender essa inter-relação sua entre o Céu e a Terra mas certamente realizar em si mesmo tal transformação que essa metamorfose estará operante em sua mente e em seu próprio corpo - daí os Caminhos da Iluminação e da Liberação ou Imortalidade. A espiritualidade pressupõe que o homem vá buscar sua parte de co-criador e portanto, essa ação ocorre num plano netuniano mais objetivado a partir da ação subseqüente, do Planeta que segue Netuno, que é Plutão, metamorfoseador e regenerador.
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Sempre nos lugares onde encontramos Netuno - posição natal e lugar em trânsito - são os pontos referentes a tudo aquilo que devemos trazer da subjetividade à objetividade, em nossa vida. Porém, em sendo Netuno um arquétipo de real transcendência, é sempre muito difícil sabermos a que essa subjetividade se refere. Sendo assim, a maioria das pessoas perde a boa oportunidade de vivenciar a real dimensão de elevação espiritual advinda de Netuno e vivenciam tudo isso através de escapismos vários e infelizmente, da adição às várias drogas e aos vários vícios.
É sempre dentro dos lugares de posição natal e de posição em trânsito que Netuno nos revela sobre as verdades subjetivas de nossa vida que precisam ser trazidas à objetividade. Assim acontecendo, sonhos estruturados em ilusão... se esfumaçam no ar.... e apenas permanecem os sonhos estruturados nos reais desejos da Alma.
Netuno pode apontar, em nosso mapa astral, em nosso Risco do Bordado, o lugar onde passamos por perdas - efetivamente dentro do mundo da manifestação..., e ao mesmo tempo, o lugar onde essas perdas se transformam em ganhos - efetivamente dentro do mundo da não-manifestação. Trocando em miúdos: em se tratando de Netuno, de Peixes e de Casa Doze, as perdas são mais objetivas quando vistas e sentidas e vivenciadas dentro do mundo da manifestação. Quando as perdas são mais subjetivas e vistas e sentidas e vivenciadas dentro do mundo da não-manifestação, elas são transcendidas em ganhos.
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Em sendo Netuno um Arquétipo voltado para a Transcendência, para as conclusões e para as perdas, para os esfumaçamentos, escapismos.... nas situações pessoais e coletivas, é preciso que os eventos que nos vão acontecendo sejam também coadjuvados pelas demais pessoas junto a nós!
O posicionamento do Planeta Transpessoal Netuno dentro de nosso Risco do Bordado ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Plutão
Metamorfoseador e regenerador
Plutão é o deus dos mundos ínferos, compartilhando com seus irmãos, os reinados entre o céu e a terra: Júpiter assumiu o posto de deus dos deuses e dos homens, sentado em seu trono no Olimpo, e Netuno assumiu os mares. Plutão possui um tempo de translação de 248 anos e durante alguns anos dentro desse ciclo, acaba ele adiantando-se e disputando com Netuno a posição de Planeta mais distante do Sol, rasgando e invadindo o quintal netuniano... Plutão mora durante vários anos em um mesmo signo, sem dúvida alguma, e por isso mesmo, é considerado não tanto um Planeta inteiramente pessoal mas sim um Planeta geracional, tecedor de gerações de Almas encarnadas, aqui, no Planeta Terra.
Em termos de Plutão, o Planeta da Metamorfose e da Regeneração, eu diria que nem sempre é fácil o reconhecermos dentro da arquetipologia mais essencial vivenciada pela grande maioria das pessoas que povoam o Planeta Terra!
No entanto, sabemos também que um arquétipo jamais deixa de ser vivenciado - mesmo que a consciência da pessoa não esteja ainda plenamente aberta para poder explorar esse mesmo arquétipo em todas suas possíveis graduações, dentro de suas questões mais positivas, digamos assim, e dentro de suas questões menos positivas.
No caso de Plutão, uma de suas questões mais positivas a serem potencialmente vivenciadas em seu arquétipo é, a meu ver, a evolução da Alma encarnada dentro do corpo físico, o Ego, para atender ao desejo real e infinito do Espírito fusionado ao Tao da Criação. Sendo assim, esse desejo do homem o leva a colocar-se em seu caminho de fusionamento ao Tao, sempre ansiando realizar sua evolução.
Para tanto, para que haja a real evolução da Alma fusionada ao Ego para atender ao desejo real e infinito do Espírito fusionado ao Tao da Criação, o homem compreende que tem que passar por seus Revirões de Vida ao longo de seu árduo e imenso caminho de evolução. Portanto, as questões voltadas para a metamorfose e a regeneração são fundamentais dentro da ação arquetípica plutoniana.
Dentro das questões menos positivas, digamos assim, em Plutão, poderemos encontrar a necessidade de atuar o poder, a necessidade de manter um controle intenso nas questões de vida e de morte, a necessidade de manter um controle intenso nas questões das ações do Outro, da mente do Outro, da riqueza do Outro; a necessidade imperiosa de utilizar o Desejo no sentido do mal, do perverso, do conhecimento não revelado e que traz poder e domínio sobre o Outro; morte, poder desvairado, vingança, culpa...
Em Plutão, sempre o Desejo é forte, é intenso. A questão é: como usar esse Desejo? Mestre Jesus usou seu Desejo para poder acionar sua intenção de cura, de transmutação de matéria, de transmutação de morte em vida. Portanto, em Plutão encontraremos o arquétipo do Santo Graal, da transformação da simples matéria em ouro, da transformação da simples mente em mente infinita e iluminada; da transformação do corpo físico em Corpo de Luz, da vida finita em vida infinita e iluminada.
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Sempre nos lugares onde encontramos Plutão - posição natal e lugar em trânsito - são os pontos referentes a tudo aquilo que a Alma trouxe em sua bagagem de seus Vagões do seu Trem da Vida para ser revivenciado nessa encarnação de aqui-e-agora. No entanto, toda essa bagagem acaba trazendo alhos e bugalhos, digamos assim, questões relacionadas a remorsos e a culpas e a ressentimentos, questões relacionadas a conhecimentos ainda não revelados ao mundo, questões relacionadas à grande necessidade de purificação e de boa triagem desses remorsos, dessas culpas e desses ressentimentos, desses conhecimentos (quais devem ser realmente revelados e trazidos à tona e quais não).
E é importante que se veja que sempre nos lugares onde encontramos Plutão - natal ou em trânsito - são os pontos onde o deus dos mundos ínferos deverá realizar seu grande revirão de vida, ou seja, se tivermos Plutão natal em Casa Cinco, a Alma já bem conhece esse lugar e é exatamente nesse lugar que ela precisa purificar e fazer boa triagem de sua bagagem plutoniana de forma a bem poder executar sua vida de aqui-e-agora dentro da área oposta e complementar, a Casa Onze. Da mesma forma, isso deverá acontecer com o signo onde Plutão se encontra no mapa natal. A mesma questão também deverá ser operada em termos do trânsito do Planeta metamorfoseador e regenerador.
Após termos passado pela metamorfose e pela regeneração plutonianas, estamos diante de uma nova compreensão acerca da vida e de suas verdades. É que Plutão, bem como Saturno, é Senhor do Umbral. Saturno assim é chamado por ser o último Planeta visível a olho nú, fazendo assim a fronteira entre o mundo da manifestação e o mundo da não-manifestação.
Plutão, em sendo o regente de Escorpião e da natural e correlata Casa Oito, nos traz o sentido da metamorfose e da regeneração. Tudo isso pode ser visto através o próprio desenho do número 8: é o desenho do infinito. É o desenho do Consciente aliado ao Inconsciente; é o desenho do mundo da manifestação aliado ao mundo da não-manifestação; é o desenho de tudo aquilo que encontra sua morte, sua transmutação, para caber dentro de uma nova vida, de uma transmutação de sua realidade. Também em Plutão veremos tudo aquilo que a humanidade entre si compartilha, a própria natureza e toda a riqueza que essa natureza nos traz. Isso acarreta o poder. Tudo isso, em seu 8 que acolhe a infinitude, traz o conhecimento.
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Em sendo Plutão um Arquétipo voltado para o poder e o conhecimento, segredos e mistérios, para a metamorfose e para a regeneração, nas situações pessoais e coletivas, é preciso que os eventos que nos vão acontecendo sejam também coadjuvados pelas demais pessoas junto a nós!
O posicionamento do Planeta Transpessoal Netuno dentro de nosso Risco do Bordado ou mesmo em Trânsito e realizando seus Aspectos - mais harmoniosos ou menos harmoniosos -, nem sempre são inteiramente pessoais e quase sempre nos são bastante sociais e coletivos, pressupondo também questões relacionadas com os eventos e as ações das pessoas em torno à nossa vida! Sendo assim, é sempre necessário que haja uma adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações acontecidas, no palco de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores principais e nos atores coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Transplutoniano
(que eu denomino de Ísis, guardiã dos conhecimentos não-revelados)
Os Planetas que vêm depois de Saturno - Quíron, Urano, Netuno, Plutão e o Transplutoniano Ísis - são denominados de planetas transpessoais, ou seja, todos possuem uma visão além da visão pessoal e social, é uma visão planetária e também é uma visão universalizada. Plutão é Senhor do Umbral pois permanece praticamente no limite dos Planetas conhecidos e assumidos pelas ciências físicas e metafísicas (mesmo que recentemente tenha sido destronado... pela astronomia, permanece incólume dentro da astrologia). Plutão já nos aponta para um novo mundo, uma nova visão da vida, já para além dos parâmetros do nosso sistema solar, cujo soberano é o nosso Sol. E sempre Plutão nos fala de muitos, muitos conhecimentos que guarda dentro de si, seus mistérios, seus segredos. Esses conhecimentos somente poderão ser acessados após nossa passagem de metamorfose e de regeneração plutonianas. E esses conhecimentos são guardados por Ísis, a guardiã dos segredos do conhecimento. O homem ainda não está pronto para apreender o arquétipo de Ísis, porém logo, logo, estará, sem dúvida alguma.
Ísis (Transplutoniano)
Da mesma forma que Netuno, enquanto Planeta físico, foi descoberto a partir das estranhezas de gravitação orbitacional de Urano..., eu penso que o arquétipo fundamental de Plutão - nos transubstanciar de tal forma que possamos alcançar nossos Caminhos de Iluminação e de Liberação ou Imortalidade, nos trazendo mente e vida infinitas e iluminadas... -, nos leva a pressupormos a existência de um planetóide que lhe siga os passos, em termos de revelação dos conhecimentos ainda guardados, conhecimentos que nos advirão somente após nossa realização de nossos Caminhos acima mencionados! É por isso que eu nomeio Ísis como a guardiã dos segredos dos conhecimentos.
Plutão é a metamorfose e a regeneração: é nossa mente simples que se metamorfoseia inteiramente e se regenera dentro da assunção de sua iluminação e de sua infinitude - mesmo que ainda estejamos atados à Samsara, mesmo que ainda tenhamos que retornar à vida materializada e encarnada no Planeta Terra de forma que ainda nesse Planeta de plenitude de materialização possamos alcançar a metamorfose e a regeneração de nosso corpo físico em Corpo de Luz - aí sim, aí então estaremos possivelmente libertos da Samsara: retornaremos à encarnação apenas se assim quisermos, como Bodhisattvas, seres de compaixão. Ísis, a meu ver, é o arquétipo que estaria nos falando sobre todas essas questões de forma absolutamente simples - quase como hoje podemos assim comentar sobre Urano, Netuno e Plutão! Com o tempo, Ísis estará se tornando cada vez mais necessária em sair do nosso inconsciente e adentrar nosso consciente a partir de sua descoberta física, nos céus estrelados, para ainda além do planetóide Plutão (recém-destronado pela astronomia de seu trono de Planeta... perdeu seu reinado mas não perdeu sua majestade!).
De qualquer forma, já entre esses dois Caminhos - o da Iluminação e o da Liberação ou Imortalidade -, o arquétipo de Ísis já estará sendo acionado em sua quase plenitude... mas, a meu ver, estará agindo plenamente somente após a realização do Caminho da Liberação ou Imortalidade.
Esse segundo Caminho, o da Liberação ou Imortalidade, somente pode ser realizado a partir da conclusão do primeiro Caminho, o da Iluminação. No entanto, já em nosso Caminho da Iluminação, podemos postular nosso Desejo de vir a nos tornar Bodhisattvas - ou seja, já nos tornamos verdadeiros Discípulos do Mestre do Tao da Criação e expressamos nosso desejo de nos tornarmos co-criadores, sim, porém ainda dentro da expressão máxima de nossa Compaixão verdadeira, nosso real Netuno, de não nos libertarmos da Samsara até que a última alma humana tenha realizado sua Iluminação!
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Se acaso ainda não concluímos nosso Caminho da Iluminação - e ainda estamos, portanto, bem distantes do nosso Caminho da Liberação ou Imortalidade -, isso não quer dizer que não estaremos tentando, arduamente e ardentemente, vivenciar nossos Urano, Netuno e Plutão e Ísis em bom nível de seus arquétipos mais positivos, não é verdade, dentro do nosso patamar de consciência do momento.
O bom da consciência, é que esta pode sempre e sempre e sempre, ampliar, expandir, se tornar mais e mais clara e transparente. A única coisa que levamos entre uma vida e outra é nossa mente contendo nosso patamar de consciência desenvolvida até determinado grau. Ao sairmos da encarnação, perdemos nosso corpo físico... mas não perdemos nossa consciência e muito possivelmente, após 49 dias de trajetória entre os sete mundos invisíveis, estaremos encontrando o mundo correto que nos acolherá, de acordo com nosso nível de consciência, isso é certo.
......... E também podemos, volta e meia, nos desgarrarmos da boa consciência sobre nossa vivência desses arquétipos mais positivos, nos apegando a alguns de suas questões menos positivas... mesmo assim, Urano vem nos trazer o Despertar de nossa Consciência... e se não o virmos enquanto Despertar necessário, certamente estaremos vendo-o (e vivenciando-o) enquanto Cortes guilhotinais e, quase sempre, bem dramáticos.... Netuno vem nos trazer a Perda... e se não o virmos enquanto Perda necessário, certaremos estaremos vendo-o (e vivenciando-o) enquanto escapismos, ilusões e enganos... Plutão vem nos trazer a transformação sempre constante de tudo sob o Tao da Criação... e se não o virmos enquanto transformação necessária, certamente estaremos vendo-o (e vivenciando-o) enquanto morte, poder desvairado, vingança, culpa...
Minha visão pessoal sobre o Transplutoniano
que ainda não foi descoberto
e que mora dentro do inconsciente pessoal e coletivo
(Infelizmente, não sei dizer de onde o texto sobre o mito de Ísis foi retirado, na Internet, pois a mim foi enviado por uma aluna de Amigos das Estrelas, meu curso online e personalizado de Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento, sem qualquer indicação bibliográfica.)
Bem, antes de mais nada, convido a todos os Amigos das Estrelas a se abrirem para a possibilidade de novos conceitos invadirem nossas mentes.
E também convido a todos os Amigos das Estrelas a bem usarem o signo de Virgem dentro de sua moradia em termos de Casas astrológicas ocupadas - onde tem seu começo e a Casa onde marca sua Entrada e também os luminares ou planetas ou pontos que lá possam se encontrar - no sentido de experienciarem, praticarem, pesquisarem ao longo de seus trabalhos dentro da leitura e da interpretação dos mapas astrais de seus clientes bem como de seus próprios mapas astrais natais - e os demais mapas coadjuvantes, por certo!
Como eu cheguei até Ísis ou como Ísis chegou até a mim:
Quando eu comecei a trabalhar como consultora em astrologia, eu fazia meus mapas à mão. Depois de um tempo, eu conheci um pequeno computador, Sharp, que era do tamanho de uma calculadora e que trazia as indicações das efemérides dos Luminares e dos Planetas (incluindo Quíron) e também, além ainda de Plutão, trazia o Transplutoniano. Lembro-me bem que também incluía alguns asteróides.
Eu comecei, a partir de então, sempre incluir o Transplutoniano nos mapas que eu ia praticando e experienciando e pesquisando, junto aos meus clientes e à mim mesma.
Houve então, um dia em que eu pensei em trazer um símbolo e um nome que me viesse à consciência a respeito desse Transplutoniano: o símbolo que eu trouxe foi um triângulo com seu vórtice voltado para o céu e com suas bases voltadas para a terra, assim como se fosse uma pirâmide vista de frente. Naquela época, eu gostava muitíssimo de ir buscando cristais onde eu encontrava esses triângulos que se diziam ser arquivos da biblioteca de Atlândida e ainda conservo vários desses comigo.
Pois bem: nesse caso, esse Transplutoniano bem poderia nos trazer o arquétipo de conhecimentos arquivados e ainda mantidos em segredo, aguardando uma força intensamente transformadora, transmutante, para que tais conhecimentos possam vir à tona.
Ainda naquela época, o nome que me veio à mente - sem quaisquer outras consultas aos alfarrábios dos mitos e das histórias míticas - foi o nome de Ísis, simples assim.
Foi assim que eu desenhei o triângulo como o símbolo de conhecimentos guardados na terra e voltados para o céu e lhe nomeei Ísis. Simples assim.
Mais tarde, quando finalmente comprei um microcomputador, o programa que veio até a mim, Solarfire, trazia as mesmas efemérides sobre o Transplutoniano. Fiquei feliz.
Ao longo desses meus anos de estudo e de trabalho e de pesquisa dentro da Astrologia e de meu encaminhar cada vez mais profundo dentro da Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento, eu fui cada vez mais compreendendo que esse arquétipo um dia deverá sair realmente do nosso inconsciente coletivo e pessoal e deverá ser trazido à nossa consciência coletiva e pessoal - possivelmente após sua descoberta, isso é certo.
Por isso, por enquanto, eu ainda conservo esse arquétipo como meu objeto de estudo, de pesquisa e de investigação em meu mapa pessoal e no mapa de meus clientes (gostaria de dizer que tenho Saturno em Virgem e em Casa Seis), e fico aguardando, com bastante interesse, o momento em que Ísis finalmente deixará o signo de Leão - pois segundo as efemérides, ele nesse signo adentrou em agosto de 1936 - e que estará ingressando em Virgem em final de 2011 e ainda indo e vindo nessa transição entre os dois signos até finalmente se colocar no signo de Virgem a partir de 2014.
Quando eu nasci, Ísis estava a 05 de Leão e venho observando seu vagaroso passeio através minhas Casas Quatro e Cinco ao longo de minha vida, até os dias de hoje, e venho também tentando estudar os Aspectos que esse arquétipo ainda tão obscuro vem realizando em relação ao Baile de Arquétipos constante em meu Risco do Bordado, meu mapa astral natal.
Sabemos que o signo de Leão é sempre regido por nosso Sol, onde quer que ele more dentro dos Doze Signos, não é verdade? Portanto, para todos aqueles nascidos a partir da entrada total de Ísis em Leão, é certamente uma energia inteiramente ligada à energia pessoal do Sol e certamente tomando também a energia do Signo onde o Sol se encontra.
Quando Ísis adentrar o signo de Virgem - mesmo ainda durante o tempo de sua intenção de fazer isso acontecer, indo adiante e retrogradando por três anos.... -, teremos a oportunidade ímpar, a meu ver, de podermos melhor identificar esse arquétipo pois que o signo de Virgem é que estará sendo realmente o centro de nossas atenções em nossos mapas individuais e dentro da coletividade planetária, isso é certo, com nossas previsões de conclusões de ciclos e de novos começos a serem engendrados - e trabalhados arduamente - em nosso Planeta Terra!
Ísis estará transitando por Virgem até 2104 e estará deixando Libra em 2199! Podemos ver, então, que Ísis passou bem rápido !!!!!?????, por Leão, não é verdade? Aparentemente, é um pedaço de pedra bem distante do Sol, realmente. Em termos de Plutão, por exemplo, sua proximidade do Sol faz com que ele ande mais rapidamente - o que veio acontecendo em Escorpião e ainda está acontecendo em Sagitário, por exemplo... e sabemos que Plutão é o bom regente do Escorpião, desde que esse Planeta foi descoberto por Clyde Tambaugh, em 1930.
Em meu mapa natal, Ísis ainda estará transitando por muitos e muitos anos em minha Casa Cinco - lugar de criação e de empreendimentos pessoais - mesmo ainda dentro do signo de Virgem, mas certamente estará me movimentando mais e mais em termos de árduo e meticuloso trabalho em minhas criações e em meus empreendimentos pessoais. Quando Ísis estiver adentrando minha Casa Seis... , em 2055, não mais estarei nesse plano de materialização do Planeta Terra, por certo. Portanto, durante minha encarnação, minhas missões em relação ao arquétipo de Ísis estarão relacionadas às minhas Casas Quatro e Cinco, mais fundamentalmente a Casa Cinco por acolher por mais tempo essa luz.
Algumas Palavras sobre Ísis
- dentro do arquétipo erigido pela mitologia egípcia:
Ísis era muita bem casada com Osíris e ambos governavam o Egito em tempos gloriosos. A mitologia nos diz:
“ Quando Osíris, seu irmão e marido, herdou o poder no Egito, ela trabalhou junto com ele para civilizar o Vale do Nilo, ensinando a costurar e a curar os doentes e introduzindo o conceito do casamento.”
Portanto, podemos ver que os signos de Virgem e de Libra estão sendo acionados, dentro do parágrafo acima, não é verdade?
“ Ela conhecia uma felicidade perfeita e governava as duas terras, o Alto e o Baixo Egito, com sabedoria enquanto Osíris viajava pelo mundo difundindo a civilização. Até que Seth, irmão de Osíris, o convidou para um banquete.
Tratava-se uma cilada, pois Seth estava decidido a assassinar o rei para ocupar o seu lugar. Seth apresentou um caixão de proporções excepcionais, assegurando que recompensaria generosamente quem nele coubesse. Imprudente, Osíris aceitou o desafio, permitindo que Seth e os seus acólitos pregassem a tampa e o tornassem escravo da morte. Cometido o crime, Seth, que cobiçava ocupar o trono de seu irmão, lança a urna ao Nilo, para que o rio a conduzisse até ao mar, onde se perderia.
Este incidente aconteceu no décimo sétimo dia do mês Athyr, quando o Sol se encontra sob o signo de Escorpião.”
Aqui podemos ver que existe a decisão de Osíris se fazer passar pelo conceito iniciático da noite de sombras ao se deixar ficar dentro do caixão. E aconteceu sua morte, naquele momento, quando o Sol se encontrava dentro do signo de Escorpião, signo de transmutação de vida em morte e de morte em vida. Sabemos que é Plutão, o metamorfoseador e o regenerador, que rege o Escorpião e sabemos, desde já, que esses arquétipos voltados para a metamorfose e a regeneração estarão fazendo parte constante dentro do mito de Osíris e de Ísis, de agora em diante, ou seja, bem enlaçando Plutão a Ísis, digamos assim, no sentido de transmutar a morte em vida e a vida em morte, bem como nos trazendo a idéia clara de que existe algo além de Plutão, além da morte, que possui a força, a energia, a sabedoria, fundamentalmente A SABEDORIA de saber lidar com a transmutação da morte em vida e isso é o que Ísis nos irá demonstrar, nesse mito.
“ Quando Ísis descobriu o ocorrido, afastou todo o desespero que a assombrava e resolveu procurar o seu marido, a fim de lhe restituir o sopro da vida. “
Se Ísis resolver procurar o corpo de seu marido a fim de lhe restituir o sopro da vida... é porque é esse seu principal arquétipo, o que a leva a ser uma emergência conscientizada e extraída do inconsciente, da possibilidade de se superar a morte, ditada por Plutão e por Escorpião. Se ela tinha esse desejo é porque podia realiza-lo, não era um desejo em vão, a meu ver. Ela sabia como realizar a transmutação da morte em vida e da vida em morte, ela tinha essa sabedoria. E se tinha essa sabedoria é porque mantém consigo, em seu arquétipo, os segredos do conhecimento além morte e além vida!
“ Assim, cortou uma madeixa do seu cabelo, estigma da sua desolação, e o escondeu sob as roupas peregrinando por todo o Egito, na busca do seu amado.”
Aqui, nesse ponto que narra a questão dos cabelos, eu gostaria de inserir o conceito do signo de Peixes que nos fala dos cabelos - bem como o signo de Áries nos fala sobre os mesmos, porquanto Áries rege a cabeça mas eu sempre vejo o signo de Peixes voltados para a energia maior dos cabeleireiros, enquanto que Áries é mais voltado para o corte, em si, dos cabelos.
Continuando o mito...
“Por sua vez, e após a urna atingiu finalmente uma praia, perto da Babilônia, na costa do Líbano, enlaçando-se nas raízes de um jovem tamarindo, e com o seu crescimento a urna ascendeu pelo mesmo se prendendo no interior do seu tronco, fazendo a árvore alcançar o clímax da sua beleza, que atraiu a atenção do rei desse país, que ordenou ao seu séquito que o tamarindo fosse derrubado, com o propósito de ser utilizado como pilar na sua casa. “
Bem, aqui no Sítio das Estrelas eu plantei um tamarindo no lugar onde temos um caramanchão de meditação - é o lugar onde sempre os Caminhantes que aqui vêm escolhem para terem suas iniciações espirituais, na meditação! É que o tamarindo é uma excelente árvore para nos trazer a boa energia da boa espiritualidade e da meditação! Essa mudinha de árvore me foi trazida por um monge, exatamente com esse propósito!
Então, de alguma maneira, essa energia tão intensa do tamarindo em si - e ainda mais sendo acumulada pela intensa energia de Osíris - , tudo isso foi sentido pelo rei daquele país que quis que essa energia o fundamentasse pessoalmente, ou seja, ao colocar como pilar em sua casa essa árvore escondendo a urna, o tamarindo, podemos entender que a casa é também o corpo físico e a mente do rei e de seu reinado.
No Tao primordial, sempre Lao Tse, o Mestre, nos diz que Rei é a consciência mais ampliada que existe em todos nós, e por isso usa esse termo ao longo de seus capítulos do Tao Te Ching, o Livro do Caminho e da Virtude.
“ Enquanto isso, Ísis prosseguia na sua busca pelo cadáver de seu marido, e ao escutar as histórias sobre esta árvore, tomou de imediato a resolução de ir à Babilônia, na esperança de ultimar enfim e com sucesso a sua odisséia. Ao chegar ao seu destino, Ísis sentou-se perto de um poço, ostentando um disfarce humilde e brindou os transeuntes que por ela passavam com um rosto lindo e cheio de lágrimas. Tal era a sua beleza e sua triste condição que logo se espalharam boatos que chegaram ao rei da Babilônia, que, intrigado, a chamou para conhecer o motivo de seu desespero.
Quando Ísis estava diante do monarca solicitou que permitisse que ela entrelaçasse os seus cabelos. Uma vez que o regente, ficou perplexo pela sua beleza, não se importou com isso , assim Ísis incensou as tranças que espalharam o perfume exalado por seu ástreo corpo, fazendo a rainha da Babilônia ficar enfeitiçada pelo irresistível aroma que seus cabelos emanavam.
Literalmente inebriada por tão doce perfume dos céus, a rainha ordenou então a Ísis que a acompanhasse. Assim, a deusa conseguiu entrar na parte íntima do palácio do rei da Babilônia, e conquistou o privilégio de tornar-se a ama do filho recém-nascido do casal régio, a quem amamentava com o seu dedo.
Se apegando à criança, Ísis desejou conceder-lhe a imortalidade, para isso, todas as noites, a queimou, no fogo divino para que as suas partes mortais ardessem no esquecimento. “
Novamente estamos diante do mito de Ísis voltada para a transmutação da vida em morte e da morte em vida - buscando, pois, a imortalidade, o Caminho da Imortalidade. Voltaremos a comentar mais sobre essa questão, mais à frente desse texto que está sendo colado aos nossos comentários. Aguarde.
“Certa noite, durante o ritual, ela tomou a forma de uma andorinha, a fim de cantar as suas lamentações. Maravilhada, a rainha seguiu a melopéia que escutava, entrando no quarto do filho, onde se deparou com um ritual aparentemente hediondo. De forma a tranqüilizá-la, Ísis revelou-lhe a sua verdadeira identidade, e terminou o ritual, mesmo sabendo que dessa forma estaria a privar o pequeno príncipe da imortalidade que tanto desejava oferecer-lhe. Observando que a rainha a contemplava, Ísis aventurou-se a confidenciar-lhe o incidente que a fez visitar a Babilônia, conquistando assim a confiança e benevolência da rainha, que prontamente lhe cedeu a urna que continha os restos mortais de seu marido. Dominada por uma imensa felicidade, Ísis apressou-se a retirá-la do interior do pilar. Porém, o fez de forma tão brusca, que os escombros atingiram, mortalmente, o pequeno príncipe. “
Bem, nesse momento eu creio que devemos realmente questionar sobre os aspectos mais pungentes relatado no parágrafo acima.
A lenda nos diz que Ísis tinha a total intenção de tornar o pequeno príncipe imortal..., pois de alguma maneira, já estava ligada ao seu filho a-vir-a-ser, Hórus, certamente.
Porém, não conseguiu realizar sua intenção em sua totalidade pois, ainda sem terminar o ritual de imortalidade do pequeno príncipe, soube da urna dentro do pilar e com tal força retirou essa urna desse pilar que os escombros do pilar feriram mortalmente... o pequeno príncipe!
Houve então, a sincronicidade do momento perfeito para a realização das transmutações das energias! Ou seja, é possível que Ísis perdesse um tanto de sua força ao doar a imortalidade à criança e não teria a força suficiente para libertar a urna do seu marido.
E para que uma vida pudesse ser transmutada de morte em vida, de mortalidade em vida, o destino optou, através da sincronicidade, pela transmutação da vida de Osíris e deixou que a mortalidade permanecesse na não-vida do pequeno príncipe, que pereceu.
“Outra versão desta lenda, afirma que a rainha expulsou Ísis, ao ver o ritual, no qual ela retirou a urna do pilar, sem o consentimento dos seus donos. “
Podemos, nesse caso, pensar que a rainha não suportou que a imortalidade fosse dada ao seu filho... o que também proporcionou à Ísis a força de recuperar a urna do pilar.
“ Com a urna, Ísis regressou ao Egito, onde a abriu, ocultando-a, nas margens do Delta. Numa noite, quando Ísis a deixou sem vigilância, Seth descobriu-a e apoderou-se, uma vez mais dela, com o intento de retirar do seu interior o corpo do irmão e cortá-lo em 14 pedaços e os arremessando ao Nilo. “
Podemos aqui ver que novamente a morte de Osíris permanecia dentro do seu conceito de morte.
“ Ao tomar conhecimento do ocorrido, Ísis reuniu-se com a sua irmã Néftis, que também não tolerava a conduta de Seth, embora este fosse seu marido, e, juntas, recuperaram todos os fragmentos do cadáver de Osíris, à exceção, segundo Plutarco, escritor grego, do seu sexo, que fora comido por um peixe.
Novamente existe uma controvérsia, uma vez que outras fontes egípcias afirmam que todo o corpo foi recuperado. “
Ao procurar por sua irmã, Ísis estava aglutinando uma maior força para si e para a ação do seu conhecimento - dando uma nova cor de aprofundamento aos conhecimentos do signo de Gêmeos, também signo de irmãos. Não estou muito certa - porque não conheço bem a mitologia egípicia... mas penso que Ísis e Osíris e Néftis eram irmãos, como poderemos ver mais adiante, reforçando inteiramente o mito de Gêmeos, um do Céu e outro, da Terra.
Nesse trecho do mito, podemos perceber que a perseverança de Ísis era inesgotável ao mesmo tempo que a sincronicidade novamente a abençoava no sentido de poder recuperar o corpo de seu marido. Aqui eu vejo uma boa inter-ação entre o Capricórnio perseverante no cumprimento de sua ação e de suas metas e o Aquário atuando dentro da sincronicidade e da extrapolação do tempo.
Porém, aqui podemos ver que adentram dois novos conceitos: o primeiro, foi o não foi o sexo recuperado? O mito diz que sim e que por isso mesmo, Ísis pôde ficar grávida de seu filho Hórus. Outra lenda nos diz que não e que Ísis estaria grávida do seu marido ainda antes da morte deste.
O segundo conceito é: dentro da urna, o corpo de Osíris estava inteiro. Porém, já no rio, foram encontrados os fragmentos do seu cadáver! Ou seja, tanto dentro do corpo cadavérico ainda inteiro quanto dentro de seus pedaços, certamente Ísis mostrou que tinha poder e conhecimentos bastante para realizar a transmutação da morte em vida!
‘Em seguida, Ísis organizou uma vigília fúnebre, na qual suspirou ao cadáver reconstituído do marido: “Eu sou a tua irmã bem amada. Não te afastes de mim, clamo por ti! Não ouves a minha voz? Venho ao teu encontro e, de ti, nada me separará!
Durante horas, Ísis e Néftis, com o corpo purificado, inteiramente depiladas, com perucas perfumadas e boca purificada por natrão (carbonato de soda), pronunciaram encantamentos numa câmara funerária, impregnada por incenso. A deusa invocou então todos os templos e todas as cidades do país, para que estes se juntassem à sua dor e fizessem a alma de Osíris retornar do Além.
Uma vez que todos os seus esforços revelavam-se vãos, Ísis assumiu então a forma de um falcão, cujo esvoaçar restituiu o sopro de vida ao defunto, oferecendo-lhe o apanágio da ressurreição. “
Cabe aqui, colarmos um texto extraído de um dicionário de Símbolos, de Cirlot, onde se lê:
Falcão - Emblema da alma no antigo Egito, com sentido de transfiguração solar.
Também eu penso que é importante que aqui vejamos o conceito da Ressurreição, questão que pudemos ver acontecendo através nosso Mestre Jesus, que mostrou a todos nós essa possibilidade vir a acontecer... desde que sigamos nosso Caminho da Iluminação e obtenhamos mente infinita e iluminada e posteriormente, que sigamos nosso Caminho da Liberação ou Imortalidade, e obtenhamos então vida infinita e iluminada que foi o caso de Mestre Jesus.
A Ressurreição acontece após o momento de pseudo morte, digamos assim, daquele que encontrou seu Caminho da Liberação, ou Imortalidade: a mente iluminada e infinita alquemizou, transmutou inteiramente o corpo físico transformando-o em Corpo de Luz, em vida infinita e iluminada. Por isso, pode até o corpo físico morrer, sim, porque estamos materializados em Planeta de Encarnação, o Planeta Terra, mas o Corpo de Luz não morre, ao contrário, ressuscita fusionando em si a Alma e o Espírito, é o Corpo Solar.
É por isso que o mito diz que Ísis se transformou em Falcão - depois de tantas preparações de si mesma, em sua purificação!
Falcão - Emblema da alma no antigo Egito, com sentido de transfiguração solar.
Ou seja, a Alma é feminina enquanto o Espírito é masculino. No Tao se diz O Sublime Yin, a Alma, e o Sublime Yang, o Espírito.
Ao se transformar em Alma - após sua plena purificação -, Ísis encontra-se com o Espírito de Osíris e traz esse fusionamento de Alma e de Espírito para habitar novamente no corpo do seu marido - lhe trazendo ao vida, portanto.
“Ísis em seguida amou Osíris, mantendo-o vivo por magia, tempo suficiente para que este a engravidasse.
Outras fontes garantem que Osíris e a sua esposa conceberam o seu filho, antes do deus ser assassinado. “
Após isso ela ajudou a embalsamá-lo, preparando Osíris para a viagem até seu novo reino na terra dos mortos, tendo assim ajudado a criar os rituais egípcios de enterro.”
Novamente estaremos diante do signo de Escorpião e de seu regente, Plutão, metamorfoseador e regenerador - e dentro da Mandala das Doze Casas Astrológicas - estaremos também diante da Casa Oito, lugar de Revirão de vida.
O Transplutoniano não sabe somente sobre a morte, sabe também traze-la de volta à vida, sabe guardar esses conhecimentos consigo e sabe também perpetuar esses conhecimentos aos demais Planetas.... desde que esses arquétipos se aprontem para poderem compreender esses conhecimentos, isso é certo.
Em Escorpião e na Casa Oito encontraremos sempre o grande revirão de vida, não somente em termos de vida em morte como em morte em vida como também em termos do fusionamento do Yang com o Yin para que uma nova vida possa nos acontecer! Portanto, a união do espermatozóide com o óvulo se dá dentro do Escorpião e da Casa Oito, sem dúvida alguma, e tudo isso acontece nove signos - nove meses - antes do nascimento, em Casa Quatro, em Câncer.
E é certo também que é dentro do Escorpião e da Casa Oito e de Plutão, que alcançaremos a completude de nossos Caminhos da Iluminação e da Liberação ou Imortalidade. Será sempre dentro dos conceitos de Alquimia de vida finita em vida infinita, de mente finita em mente infinita, que conseguiremos realizar essas Caminhos e a Alquimia é algo que pertence ao Escorpião, a Plutão e à Casa Oito, não é verdade? Sempre esses arquétipos os trarão o revirão de vida e de morte, a vida e a não-vida, bem como nos trarão a metamorfose e a regeneração.
Portanto, após o homem conseguir alcançar seu Caminho da Iluminação, com mente infinita e iluminada, ele precisa ainda alcançar seu Caminho da Liberação ou Imortalidade, com vida infinita e iluminada. Ou seja, ele tem que realmente vencer a morte, não mais se deixar pertencer à Roda da Vida, a Samsara - porque o Iluminada ainda está preso ao seu retorno à encarnação da maneira como a conhecemos!
Sendo assim, Plutão somente conseguirá realizar a Alquimia da vida infinita e iluminada... caso Ísis, um arquétipo Transplutoniano, o ajude nessa tarefa - a partir dos conhecimentos guardados por Ísis, isso é certo! E para que consigamos alcançar os conhecimentos guardados por Ísis, para que possamos nos conscientizar desses conhecimentos - que ainda repousam em nossa inconsciência pessoal e coletivo pois que o Planeta ainda não foi descoberto... -, temos que nos posicionar dentro de nosso Caminho da Iluminação e com firme intenção de alcançar nossa meta nesse Caminho: mente infinita e iluminada.
Somente nossa mente infinita e iluminada poderá Alquimizar nosso corpo físico em Corpo de Luz, Corpo Solar, dentro do nosso Caminho da Liberação, com vida infinita e iluminada. O Liberado, o Imortal, não precisa mais retornar à encarnação pois está liberto da Roda da Vida, da Samsara, assim como a conhecemos. Se quiser, o Imortal poderá retornar sim, através seu serviço como Bodhisattva.
Também a Alquimia que pode ser vista dentro desses arquétipos é bem revelada quando o homem se torna Homem Sagrado: Mestre Jesus, desde cedo em sua vida, trazia vida ao pássaro morto, transformava a água em vinho, trazia vida ao morto e enterrado Lázaro, curava, transmutava. Portanto, vemos que ao trilhar o Caminho da Liberação ou Imortalidade - Caminho sendo trilhado por Mestre Jesus quando ingressou na encarnação - a mente iluminada e infinitizada do Homem Sagrado funciona intensamente dentro das energias de Plutão e de Ísis, com o conhecimento profundo acerca da verdadeira metamorfose e da verdadeira regeneração.
O mito ainda tem sua continuidade:
“Ao retornar à terra, Ísis encontrava-se agora grávida do filho, concebendo assim Hórus, filho da vida e da morte. a quem protegeria até que este achasse-se capaz de enfrentar o seu tio, apoderando-se (como legítimo herdeiro) do trono que Seth havia usurpado.
Alguns contos declaram que Ísis, algum tempo antes do parto, Seth a aprisionara, mas que Toth, vizir de Osíris, a auxiliara a libertar-se. Porém, muitos concordam que ela ocultou-se, secretamente, no Delta, onde se preparou para o nascimento do filho, o deus-falcão Hórus.
Quando este nasceu, Ísis tomou a decisão de dedicar-se inteiramente à árdua incumbência de velar por ele. Todavia, a necessidade de ir procurar alimentos, acabou deixando o pequeno deus sem qualquer proteção. Numa dessas ocasiões, Seth transformou-se numa serpente, visando espalhar o seu veneno pelo corpo de Hórus, quando Ísis regressou encontrou o seu filho já próximo da morte.
Entretanto, a sua vida não foi ceifada, devido a um poderoso feitiço executado pelo deus-sol, Ra.
Ela manteve Hórus em segredo até que ele pudesse buscar vingança em uma longa batalha que significou o fim de Seth. “
A meu ver, Ísis já é um aspecto daquilo que podemos compreender como o Bodhisattva: ela tinha uma missão já inteiramente conscientizada, no Planeta Terra, e não descansou enquanto não a cumpriu: trazer seu filho à luz da vida, advindo da não-luz da morte.
E, ao dizer-se que Hórus era um deus-falcão, filho de Ísis plenamente viva e de Osíris ressuscitado o tempo suficiente para poder gerar o filho da vida e da morte..., e que mais tarde Hórus conseguiu realizar a vingança de Ísis eliminando Seth, o usurpador da vida e da morte, vemos que, a partir de Plutão e de Ísis, da morte e da ressurreição para uma nova vida, o deus-falcão vai encarnar, realmente, a sabedoria transmitida por sua mãe e levar essa sabedoria adiante - pois já traz consigo a verdadeira fusão da Alma e do Espírito, a realização suprema da mente infinita e iluminada e da vida através o corpo infinito e iluminado.
Possivelmente, se for realmente verdadeira a presença de Ísis entre nós através a figura física de um Planeta Transplutoniano a ser descoberto no futuro..., quem sabe também não nos encontremos com um outro Planeta, em seguida, através a figura física de Hórus?
“Ísis sob a forma de serpente se ergue na fronte do rei para destruir os inimigos da Luz, e sob a forma da estrela Sótis anuncia e desencadeia as cheias do Nilo.”
A serpente ainda é uma imagem bem relacionada ao signo de Escorpião, aquele que sabe sobre o Bem e sobre o Mal, sobre a Luz e sobre a Não-Luz.
A estrela Sótis é a nossa estrela Sírius, a mais bela do céu, por ser a mais brilhante, aparentemente, estando a apenas 8 anos -luz de nós - e o número 8 é o numero relativo e complementar ao Escorpião, o lugar do grande Revirão da Vida.
Dentro da espiritualidade, nos é dito que Sírius é nosso lugar de acolhimento no ventre de nossa Galáxia, a Via Láctea, quando as almas aqui adentram.
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Eu penso que os conhecimentos advindos de Ísis não estão ainda dentro de nossa possibilidade de vir a entende-los enquanto conhecimentos. Veja bem, eu disse a palavra AINDA. Penso que em tempos não distantes, teremos a oportunidade para tanto, assim eu penso e espero. Os Conhecimentos que já amealhamos vêm sendo concretizados por Saturno e recentemente, vêm sendo extrapolados em suas verdades através o arquétipo de Urano. No entanto, os conhecimentos a nós referenciados através Ísis, a meu ver, serão por nós obtidos somente quando estivermos recebendo nossa Proficiência de nossa Iniciação obtida através o arquétipo de Plutão, o metamorfoseador e o regenerador. E essa Iniciação nos estará colocando em nosso Caminho da Iluminação, para obtermos mente infinita e iluminada. Após esse Caminho, e ainda para podermos realmente nos sintonizarmos com os conhecimentos advindos de Ísis, teremos que nos estar colocando em nosso Caminho da Liberação, ou Imortalidade, com vida infinita e iluminada.
Portanto, para que possamos compreender os conhecimentos advindos de Ísis, eu penso que existem duas possibilidades:
Uma, que a Terra, nosso Planeta Mãe-Gaia, já tenha passado por um tal Revirão de vida e de morte, que a ciência possa vir a apresentar à metaciência, que a física possa vir a apresentar à metafísica, a localização objetiva do ainda subjetivado Planeta Ísis. Isso acontecendo - assim como aconteceu em relação a Urano, a Netuno, a Plutão e a Quíron e demais alguns outros pedaços de pedra... - toda a questão de Ísis poderá vir à tona da nossa consciência pessoal, social e planetária, advinda do nosso inconsciente pessoal, social, coletivo e planetário, entende? O Planeta Terra e nós poderemos nos colocar já estruturadores desses conhecimentos e somente então - somente então - os perceberemos enquanto conhecimentos, não antes, não ainda.
A meu ver, não estamos longe desse momento, não estamos não. Espero mesmo, que esse momento chegue enquanto eu ainda estiver nesse plano de materialização do Planeta Terra - nem que seja para ratificar - ou não - minha teoria sobre Ísis.
Penso que Ísis já é um aspecto daquilo que podemos compreender como o Bodhisattva: ela tinha uma missão já inteiramente conscientizada, no Planeta Terra, e não descansou enquanto não a cumpriu: trazer seu filho à luz da vida, advindo da não-luz da morte.
E, ao dizer-se que Hórus era um deus-falcão, filho de Ísis plenamente viva e de Osíris ressuscitado o tempo suficiente para poder gerar o filho da vida e da morte..., e que mais tarde Hórus conseguiu realizar a vingança de Ísis eliminando Seth, o usurpador da vida e da morte, vemos que, a partir de Plutão e de Ísis, da morte e da ressurreição para uma nova vida, o deus-falcão vai encarnar, realmente, a sabedoria transmitida por sua mãe e levar essa sabedoria adiante - pois já traz consigo a verdadeira fusão da Alma e do Espírito, a realização suprema da mente infinita e iluminada e da vida através o corpo infinito e iluminado.
Possivelmente, se for realmente verdadeira a presença de Ísis entre nós através a figura física de um Planeta Transplutoniano a ser descoberto no futuro..., quem sabe também não nos encontremos com um outro Planeta, em seguida, através a figura física de Hórus?
E mais: se virmos a figura do Falcão buscando materializar em si mesmo a Lua e se fusionando com o Sol..., iremos encontrar o doce enlace da Alma (Lua) com o Espírito (Sol).
Sobre esse tema, leia o que Cirlot nos diz, em seu dicionário sobre os símbolos, acerca de A Papisa, aquela que ocupa a segunda posição dentro das cartas do Tarot:
“A Papisa - Segundo arcano do Tarot. Representa Ísis, como divindade da noite. Aparece sentada, tendo na mão direita um livro entreaberto e na esquerda duas chaves, uma de ouro (Sol, verbo, razão) e outra de prata (Lua, intuição e sensitividade, imaginação). Seu trono se acha alegoricamente entre duas colunas (porque o dois corresponde ao princípio feminino), as que no Templo de Salomão eram chamadas Jaquim e Boaz, unidas pelo véu que fecha a entrada do santuário. A primeira coluna (solar) é vermelha e corresponde ao fogo, à atividade; a segunda coluna (lunar) é azul. A tiara que coroa a cabeça da Papisa em um crescente lunar (símbolo das fases, do mundo fenomênico), mostra o predomínio do princípio passivo, refletor e feminino. Apoia-se sobre a esfinge das grandes interrogações cósmicas e sobre o chão. Este apresenta ladrilhos brancos e negros alternados, demonstrando que tudo na realidade está submetido à lei do acaso e dos contrastes. “
Bem, sabemos que A Papisa é aquela figura que encobre os conhecimentos, não é verdade ? - diferente da figura de O Papa que os apresenta a quem quer que venha busca-los, sempre. Se diz que para O Papa, os conhecimentos são exotéricos e que para A Papisa, os conhecimentos são esotéricos. No caso de A Papisa os conhecimentos serão doados, sim, porém somente para aqueles que souberem como ir através o véu da ilusão e da ignorância, o Iniciado.
Na mão direita, ela traz um livro entreaberto ou um rolo de papiro - e veja, ambos estão semi-cerrados, ocultando o conhecimento porém com disposição de abri-los aos Iniciados. E na mão esquerda, ela possui a Alquimia da fusão entre o ouro e a prata, o Sol e a Lua, o Espírito e a Alma, a razão e a intuição, a sensitividade.
Sabemos que o cérebro direito é o lugar da sensibilidade e é atuado por nossa mão esquerda. E sabemos que o cérebro esquerdo é o lugar da razão e é atuado por nossa mão direita. Sendo assim, A Papisa faz a fusão entre essas questões, a alquimia dessas questões, trazendo os conhecimentos estruturados pela razão a serem conhecidos através a sensibilidade e os conhecimentos estruturados pela sensibilidade psíquica a serem conhecidos através a razão.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward