SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 13
SATURNO E SEUS CICLOS,
NA ASTROLOGIA
NA ASTROLOGIA
Do Mundo da Não-Manifestação ao Mundo
da Manifestação:
A Suprema Consciência faz acontecer
A Criação e O Ciclo Cósmico
Janine Milward
O que for a profundeza do teu
SER, assim será teu DESEJO
O que for teu DESEJO, assim
será a tua VONTADE
O que for tua VONTADE, assim
serão teus ATOS
O que forem teus ATOS, assim
será teu DESTINO.
(Upanishad IV,V)
O SER é a Consciência
Cósmica, o Tao, Paramapurusa: Eu Sou
não-manifestado
O DESEJO é aquele que
manifesta o Ser Primordial: Eu Sou manifestado
A VONTADE é aquela que
idealiza a realização do movimento da Criação: Eu Farei
Os ATOS são aqueles que
realizam o movimento da Criação: Eu Faço
O DESTINO é aquele que
manifesta o movimento da Criação: Eu Fiz
O
Ser pode ser denominado de Consciência Suprema, a Consciência Cósmica, ou Tao.
Também poderemos chamar de Paramapurusa,
um têrmo sânscrito.
Sânscrito
é uma língua construída há milhares de anos atrás de uma tal maneira que
trouxesse uma expansão da consciência. Os antigos yogis concentraram-se profundamente e meditaram intensamente até
encontrarem 49 glândulas sutis encravadas nos sete chacras do corpo humano.
Cada glândula possui um determinado som, uma vibração sonora percebida pelos
mestres yogis e condensadas em 49 letras de um alfabeto que estruturou a língua
sânscrita. Sânscrito – Sam’skrt –
significa "bem feito, bem realizado".
A
partir deste Absoluto ou Princípio Primordial, se dá a interação entre os
mundos da Não-Manifestação e da Manifestação.
O
Mundo da Não-Manifestação é um estado puro de onde se origina a Criação advinda
do Mundo da Manifestação. Ao surgir a manifestação dos primórdios da Criação,
com ela se objetiva a Mente Cósmica. Assim, a Mente Cósmica é uma objetivação
para agir e nomear a Suprema Consciência dentro do Mundo da Manifestação.... surge
Brahma, a Consciência Cósmica,
literalmente "O Grande".
Portanto,
existe o Mundo da Não-Manifestação, Nirguna
Brahma – Consciência Cósmica não-manifesta – que faz nascer o Mundo da
Manifestação, Saguna Brahma, a
Consciência Cósmica manifesta...
Brahma desmembra-se em dupla
qualidade manifestada através de sua própria consciência objetivada em Eu: Purusa. E através de sua capacidade,
potencial ou objetiva, de manifestar sua capacidade de expressão, a adição do
Sou ao Eu, formando o Eu Sou: Prakrti.
Purusa (a subjetividade da Mente) e
Prakrti (a busca da objetivação da Mente através a
Criação) interagem entre si tanto dentro do Mundo da Não-Manifestação – Nirguna Brahma -, quanto dentro do Mundo
da Manifestação – Saguna Brahma.
Prakrti
atua, dessa forma, de duas maneiras, uma maneira subjetiva - quando está
conjugada a Purusa em Nirguna Brahma, o Mundo da Não-Manifestação; e de uma
maneira objetiva - quando já busca a objetivação da Mente de Purusa através a
Criação e já voltada para realizar esta questão inaugurando, digamos assim, o
Mundo da Manifestação.
Num
primeiro momento, a mínima expressão de ação ainda acontece de maneira direta e
incisiva, em linha reta: é a constância da Vida. No entanto, essa mínima expressão de ação
pode já ser considerado como o Uno, a Unicidade plena.
Num
segundo momento, é preciso que se faça acontecer a movimentação, ou seja, entra
em cena a linha curva, aquela que irá permitir que a Vida possa vir a
manifestar-se desde sua sutil sutileza advinda do Mundo da Não-Manifestação e
ainda operada por Prakrti quase estática e apenas começando a tornar-se
mais dinâmica.
A
Unicidade plena, o Uno, começa, então, a desdobrar-se através a dupla forma de
Prakrti acontecer, ou seja, Prakrti subjetiva e Prakrti objetiva, Prakrti ainda
voltada para a latência da Não-Luz e Prakrti já voltada para a manifestação da
Luz. Sabemos que a Suprema Consciência, no Mundo da Não-Manifestação, é
expressa através da Mente Cósmica imajada para o Mundo da Manifestação através
da Luz.
Esse
dinamismo passa a acontecer de forma mais evidente já no Mundo da Manifestação
com Prakrti efetivamente atuando enquanto Princípio Operativo e Objetivo
e trazendo a movimentação da Criação para a sua materialização plena - e essa
movimentação faz acontecer o ciclo e, em conseqüência, a duração de cada uma
das partes componentes de um ciclo. A
linha curva da movimentação tem sua continuidade ao concluir esta segunda parte
do ciclo e dando início ao seu retorno à sua Fonte Original, o retorno à sutil
sutileza...
Dessa
forma, a partir de Brahma, a
Consciência Cósmica, Purusa, e sua
expressão de manifestação, Prakrti,
interagem, fusionam-se e separam-se, fusionam-se e separam-se, criando o
Princípio do Movimento.
Essa
movimentação também acontece dentro dos dois Mundos, formando, então, uma
tríplice qualidade de forças que competem entre si, infinitamente dando início,
vivenciando e trazendo a finalização para dar começo a uma nova jornada.
Aqui
tem início o Brahmacakra – o ciclo de
Brahma, o movimento da Criação, do
princípio sutil ao princípio denso (englobando os princípios mutativo e
estático), da Consciência à matéria, e o retorno do denso para o princípio
sutil, da matéria à consciência.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward