SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 13
SATURNO E SEUS CICLOS,
NA ASTROLOGIA
NA ASTROLOGIA
Vida, Morte e
Reencarnação
algum monge discípulo de
Srii Srii
Anandamurti
O que acontece quando uma pessoa
morre? Existe algo depois da vida? Existe uma vida anterior à nossa atual
existência neste nosso corpo de hoje?
Estas são perguntas inevitavelmente realizadas quando começamos a buscar
por nossa compreensão sobre nosso lugar no universo. A filosofia da Ananda Marga responde a estas
questões de maneira sistemática.
Entretanto, para que possamos compreender uma melhor resposta para estas
perguntas, é necessário que entendamos a lei da ação e da reação.
No mundo físico existe uma lei muito
conhecida: para cada ação existe uma reação igual e oposta. Na esfera mental uma lei similar
funciona. Por exemplo, se o Senhor A
bate no Senhor B, é possível que o Senhor B responda imediatamente batendo no
Senhor A com força igual ao primeiro soco.
Neste caso, a ação foi seguida de imediata reação e fazendo com que
Senhor A sofra a mesma dor que infligiu ao Senhor B.
Se pudermos desenhar um diagrama
representando a mente do Senhor A durante o processo de bater em Senhor B e a
retaliação deste, seria assim, como segue:
FIGURA 1
O ponto X é o estado original da mente
do Senhor A antes de sua ação em bater no Senhor B. O Ponto Y representa a distorção da porção
plástica de sua mente (citta). Toda a
vez que existe uma ação, boa ou ruim, existe uma distorção do citta. O Ponto Z representa o momento quando a mente
do Senhor A retorna ao seu estado original.
Neste caso, isso ocorre tão logo que o Senhor B tenha revidado seu soco.
Sempre que realizamos uma ação, nossa
mente se distorce; e quando experienciamos uma reação, nossa mente retorna ao
seu estado original e sentimos ou prazer ou dor – dependendo na natureza da
ação original. Muitas das vezes, o
processo de ação e de reação funciona dessa maneira. Existe uma ação e logo após a pessoa
experiência a reação. Se não tiver
acontecido qualquer mudança no tempo, lugar e pessoa, a reação será de igual
força em relação à ação original.
No entanto, existe uma outra
possibilidade. Suponhamos que o Senhor A
bata no Senhor B porém a reação seja retardada.
O Senhor B não revida o soco. No
entanto, cinco anos mais tarde, o Senhor A passeia por uma rua vazia numa
cidade estranha e um estranho surge e esmurra o Senhor A várias vezes. Esta é uma reação que foi retardada e
experienciada com uma intensidade que excede à ação original. Esta distorção da mente que permanece
dormente por algum tempo é conhecida por Samskara na filosofia da Ananda
Marga. Samskara representa uma reação em
forma potencial. Isso aparece da
seguinte forma em termos de diagrama:
FIGURA 2
A Linha EF representa a ação original e
a Linha FG representa a potencial reação (Samskara) que poderá vir a ser
experienciada em qualquer tempo. Sendo
assim, aparentes acidentes são reações simples às prévias ações. Esses acidentes aparentes muitas das vezes
parecer advir de nenhuma causa porém esse pensamento acontece somente porque
esquecemos que houve uma ação original.
A reação será mais forte do que a ação original se acontecer uma
passagem de tempo entre os dois eventos e se acontecer uma mudança de lugar ou
de pessoa... assim como se fosse um depósito bancário que adquiriu juros se
deixado num banco por muitos anos. Esta Lei de ação e de reação é conhecida
popularmente como a Lei do Karma. Estas
reações em forma potencial são conhecidas como Samskaras ou impressões na
mente.
Retornando à pergunta original acerca
vida, morte e possível renascimento, nós agora alcançamos uma melhor posição
para compreendermos o que acontece no momento da morte. De acordo com a lei da ação e da reação, devemos
experienciar o resultado de cada ação, e a cada dia nós certamente
experienciamos prazer e dor como impressões diferentes da mente, impressões
estas causadas por ações prévias que se tornaram maduras e se expressaram. Se uma pessoa morre no momento quando todas
suas reações prévias (Samskaras) forem exauridas e nenhum novo Samskara tenha
sido criado, então a mente estará num estado de pureza e se fundirá com a
consciência cósmica. Este estado de
fusão permanente é conhecido em Sânscrito como Moksha.
Na realidade, porém, é muito difícil
exaurir todos os Samskaras e não criar novos Samskaras ao longo do processo da
vida. Toda a vez que realizamos uma ação
através o pensamento, “Estou realizando esta ação”, uma impressão fica
armazenada na mente. Dessa forma, na
grande maioria das vezes, quando uma pessoa morre, ele ou ela ainda terá muitas
reações em forma potencial que ainda precisam ser experienciadas. Sua mente será representada através o
diagrama a seguir:
FIGURA 3
O que acontecerá neste caso? As reações devem ser experienciadas porém não
existe mais um corpo físico. Então, um
outro corpo será necessário e a mente deverá passar por um novo nascimento.
Para que possamos compreender o
processo de renascimento, é preciso que entendamos o que é a vida. De acordo com a filosofia da Ananda Marga, a
vida é um paralelismo entre a mente e o corpo.
Existe uma onda particular associada ao corpo e existe uma onda
particular associada à mente. Assim como
acontece na física moderna, os Yogis dizem que este universo inteira
encontra-se em vibração e que estas vibrações encontram-se em ondas
variadas. Existe uma onda particular
associada com nosso corpo e existe uma onda particular associada à nossa
mente. Quando estas ondas estão em
paralelo, nós temos a vida. Entretanto,
se acontece alguma coisa ao corpo físcio – como um acidente ou uma doença -, a
onda físcia pode mudar e o paralelismo será perdido. Neste caso, nós temos o que é conhecido como
a causa física da morte.
Da mesma forma, o corpo pode até estar
funcionando de maneira correta porém se existir algum choque severo à mente, a
onda mental poderá mudar e o paralelismo também se perder. Isso é conhecido como a causa psíquica da
morte. Um exemplo desta situação é uma
pessoa morrendo devido a uma experiência de muito medo.
Um outro exemplo ocorre quando animais
convivem com humanos. Um cão convivendo
com uma família humana está em constante contato com mentes mais desenvolvidas. Esse animal que vive, come e até viaja com
uma família humana começa a experienciar uma expansão de sua mente. Sua mente torna-se gradualmente mais e mais
parecida com a mente humana. Se a
expansão continua pode até acontecer eventualmente uma morte devido à perda do
paralelismo entre a onda da mente do animal e a onda de seu corpo físico. Neste caso, a onda mental alterou-se devido
ao contacto com seres humanos e isso consequentemente requere um corpo físico
mais sutil para que possa alcançar um paralelismo. Este corpo provavelmente será um corpo
humano.
Existe ainda outra possibilidade
conhecida como a causa espiritual da morte.
Em praticantes muito evoluídos espiritualmente, a mente se tornará
absorvida em consciência cósmica e esta possui uma vibração de onda infinita
representada como uma linha reta. Se a
mente alcançar um paralelismo prolongado com a entidade cósmica, a pessoa
perderá o paralelismo com seu corpo físico.
Neste caso, a pessoa ‘deixa’ seu corpo e alcança o estado de
Moksha. Não é uma morte no sentido de
aniquilação porém uma fusão com um estado de beatitude infinita.
Existe ainda um elemento a mais que
temos que examiner antes de compreendermos como um todo o processo de vida,
morte e renascimento. Em todo ser vivente
existe não somente um corpo físico e não somente uma mente, mas também um
‘Atman” ou unidade que consciência testemunhada. Esta consciência testemunhada é o testemunho
final da mente e é a fonte do sentimento de “I Sinto” dentro da percepção de
“Eu sei que Eu existo”. Em uma capítulo
anterior, as três partes funcionais da mente foram discutidas: citta (Eu Fiz),
Aham (Eu Faço) e Mahat (Eu Existo). Esse
“Eu” que verifica a existência destas três partes funcionais da mente é
conhecimento como Atman. É a parte
imperecível da consciência e é a chave para ab rir os mistérios da vida, morte
e renascimento.
Quando a pessoa morre, a energia vital
do corpo (prana) entra num estado de desequilíbrio e deixa o corpo. Com a perda
das energias vitais, o corpo físico pára de funcionar. A pessoa que antes vivia perde todo o sentido
do prazer, da dor e da auto-consciencia.
Mesmo que a mente entre num ‘longo sono’ na hora da morte, ela não
pereceu assim como o corpo físico pereceu.
Os Samskaras – circunstâncias de reação da mente – existem e estão
gravados na mente causal. O Atman
permanece como testemunho dessa mente inativa.
De acordo como tipo do Samskara, a
mente inativa possui uma onda particular e onde quer que existe um corpo fisico
apropriado em algum lugar do universo que possua a onda paralela à aquela da
mente, a mente será renascida num novo corpo.
O ser vivo terá então a possibilidade de experienciar as reações
potenciais adquiridas em vidas anteriores.
Quão longo durará este tempo de
ínterim? Pode ser bem breve ou pode durar milhares de anos. O importante a ser observado é que deve haver
um corpo adequado em algum lugar no cosmos que possua a adequada vibração na
mente e da alma inativas e sem corpo. No
Budismo Tibetano, logo que um líder espiritual (Lama) morre, seus discípulos
saem em busca de sua reencanração na forma de um bebê recém-nascido. Um sucessor adequado é escolhido entre
aquelas crianças que parecem possuir os mesmos Samskaras do que o Lama anterior. Um teste é realizado no qual diferente
artigos, alguns dos quais pertencentes ao Lama, são colocados diante da
criança. Se a criança puder identificar
estes artigos, pode ser uma indicação de que esta criança seja a encarnação
procurada.
Uma outra pergunta comumente realizada
acerca reencarnação é se uma pessoa pode se lembrar de suas vidas
passadas. Até a idade de quatro anos,
uma pessoa possui memória extra-cerebral que inclui memórias de suas vidas
passadas. Entretanto, se esta memória
persistir após essa idade, então uma personalidade dividida poderá se
desenvolver e a pessoa poderá morrer.
Portanto, a natureza proteje os humanos em não permitir este
desenvolvimento de múltiplas personalidades num único corpo.
Embora possa parecer fascinante
deslizar através nossas vidas passadas, não existe normalmente qualquer valor
psicológico ou espiritual particulares nesta ação. Mais ainda, é normalmente aconselhável aos
aspirantes espirituais esquecerem-se de suas ações passadas (especialmente as
más ações) e dar início a uma vida de maneira mais natural, concentrando no
presente e olhando à frente para um futuro mais glorioso. Algumas vezes, entretanto, em casos especiais
um grande mestre espiritual pode ‘mostrar’ ao discípulo sua vida passada de maneira
a ensinar alguma lição a este discípulo.
Srii Srii Anandamurti descreve o estado
de morte como ‘o longo sono da mente causal’ e enfatiza que não existe
sentimento de prazer ou de dor nesta condição devido à perda dos nervos e dos
órgãos. Ele também explica que estas
mentes ‘sem corpo’ estão sem órgãos motores e não podem amedrontar seres
humanos.
Assim como céu e inferno, o céu
acontece quando experienciamos nesta vida os resultados de boas ações do
passado e o inferno acontece quando experienciamos os resultados de ações ruins
do passado. Conceitos superticiosos de
sofrimento eterno têm sido propostos por várias religiões porém não possuem
lugar na filosofia da Ananda Marga.
A meta última deste ciclo de vida e de
renascimento é o momento quando a consciência unitária vai além da vida e do
renascimento e se unifica com a Consciência Cósmica não-qualificada.
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Vida, Morte e Reencarnação: Texto em
original inglês e traduzido literalmente por Janine.
Srii Srii Anandamurti é chamado de
Baba, o Pai, pelos seus discípulos em Ananda Marga, o Caminho da
Bem-Aventurança.
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Com um abraço estrelado,
Janine Milward