SEU LIVRO DE VIDA
Quase tudo o que você quer saber
sobre Astrologia da Alma e do Auto-Conhecimento
Em 22 Capítulos/Volumes
© 2008 Janine Milward
Capítulo 13
SATURNO E SEUS CICLOS,
NA ASTROLOGIA
NA ASTROLOGIA
Os Trânsitos
de Saturno
ao longo dos
Doze Cenários de nosso Risco do Bordado
janine milward
Em relação a Júpiter, benfeitor e
justiceiro, regente de Sagitário e natural da Casa Nove, sempre se leva em
conta o fato de que estamos falando do Elemento Fogo, da Expansão, e certamente
da mutabilidade dos eventos e situações em função do fato de que Júpiter,
Sagitário e a Casa Nove finalizam toda uma parte de vida mais pessoal, de
identidade pessoal e de vida social para podermos adentrar, já a partir do Meio
do Céu e da Casa Dez, nossa vida coletiva e planetária, realmente. Sendo assim, júpiter vai expandindo as Casas
e os Arquétipos que vai encontrando, em seu ciclo de doze anos.
Quando falamos de Saturno, porém,
teremos que levar em consideração que este Arquétipo vai estar diretamente nos
levando a mensagem oposta daquilo que vimos em júpiter! Ou seja, se júpiter expande - quase que
ilimitadamente -, Saturno, ao contrário, retrai, contrai - traz limites bem
claros. Em relação a Saturno, senhor do
Karma, do Tempo e do Umbral, regente de Capricórnio e natural do Meio do
Céu e da Casa Dez, se leva em conta o fato
de que estamos falando do Elemento Terra, da Contração, e certamente da cardinalidade
dos eventos e fatos que estarão passando por uma nova estação, um novo período,
com a inauguração da Quarta Estação da Mandala Astrológica, a Estação Social e
Planetária e Universal.
Em júpiter, em Sagitário e em Casa
Nove, veremos que o Céu é o limite.
Porém, tudo isso é certo, dentro da expansão ilimitada do Pensamento, da
Mente, da Justiça dos homens e dos deuses, da Expressão de Comunicação e Troca,
do avanço do Conhecimento, da amplitude da Movimentação e da Locomoção.
Em Saturno, em Capricórnio e em Casa
Dez - e no Meio do Céu -, veremos que o limite já está instalado, sim, e esse
limite nos é ditado pelo próprio Planeta Terra, pela Terra, nossa
Mãe-Gaia. Certamente, veremos que em
Urano e em Aquário e em Casa Onze é possível que extrapolemos os limites de
nossa Mãe-Gaia, que venhamos habitar, um dia no futuro, outros lugares além de
nosso Planeta. Mas, para que possamos
isso fazer, certamente estaremos precisando de que tudo aquilo que é necessário
para esse empreendimento seja bem estruturado, aqui, na Terra, ou seja, dentro
da Casa Dez, de Capricórnio e de Saturno, sem dúvida alguma.
É por isso que denominamos Saturno de
Senhor do Umbral. Ele nos traz esse
limite! Esse limite não é somente
imposto pelo fato de que o Planeta Saturno, dentro do céu objetivo da
astronomia, é o último planeta por nós visto a olho nú, com vista desarmada,
sem instrumentos. É verdade sim, que de
Plutão ao Sol, é sempre Saturno o último Planeta a ser visto a olho nú; e da
mesma forma, do Sol até Plutão: por isso ele é chamado de Senhor do Umbral.
Mas o Senhor do Umbral possui outros
ditames, em si mesmo: ele nos diz claramente que a Terra é um Planeta de
Trabalho e de Iluminação e que é aqui, dentro de nossa encarnação propriamente
dita, dentro do nosso corpo físico onde nos encontramos com nossa Alma aliada
ao nosso Ego, que podemos realmente, dentro da materialização plena, exercermos
nosso Trabalho e nossa Iluminação e mais, nossa Liberação ou Imortalidade. É aqui, na Terra, que vamos resgatando e vivenciando
nossos Karmas e Samskaras - ações e reações em potencial - e vamos cultivando
nosso Dharma e conseqüente livre-arbítrio, até que finalmente, após um número
imenso de encarnações, possamos nos tornar aquilo que conhecemos como Semente
que não nasce de novo, ou Semente Queimada, ou seja, um Bodhisattva, um ser que
não mais tem Karmas nem Samskaras negativos a serem resgatados e vivenciados e
finalizados!
(Dizem os monges da Ananda Marga que um
dia Yogananda, grande mestre espiritual, já desencarnado no tempo em que essa
história aconteceu, teria vindo conversar com o grande mestre espiritual Baba,
Srii Srii Anandamurti, encarnado no momento desse fato, que este último - já
Liberado - pudesse lhe trazer, a Yogananda, sua Liberação, desde que esse mestre
fez sua passagem sem ter sido Liberado, apenas Iluminado. Dizem os monges da Ananda Marga que Srii Srii
Anandamurti teve que recusar esse pedido feito por Yogananda. E por que? Porque era preciso que Yogananda renascesse,
voltasse novamente ao Planeta Terra, materializasse novamente, para somente
então, trilhar seu Caminho da Liberação.
Isso é Saturno, isso é Meio do Céu em Capricórnio, isso é Casa Dez. Essa é a grande concretização, a
concretização maior que um ser de expansão de mente, o ser humano, pode vir a
conseguir aqui, em nossa Mãe-Gaia, Planeta de plenitude de materialização.)
Então, Saturno vem nos apresentar,
dentro do seu posicionamento em nosso Risco do Bordado, nosso lugar de maior
atenção e concentração em relação ao conjunto de Karmas e Samskaras a serem
vivenciados e resgatados em nossa vida, hoje, trazidos de nosso passado. E ao longo de seu Trânsito através nossas
Doze Casas Astrológicas, Saturno vai nos relembrando, concretamente, se estamos
cumprindo com nossas missões dentro daqueles Cenários que acolhem aqueles
Arquétipos e que não nos esqueçamos, um minuto sequer, que o tempo passa e anda
sempre para frente... é por isso que
Saturno também é o senhor do tempo.
Saturno quer que cumpramos nossas missões de encarnação, para que não
percamos tempo, para que ganhemos essa encarnação, para que ajamos com
seriedade e com compromisso em relação ao nosso Risco do Bordado e suas metas a
serem bem realizadas, nessa vida.
Sendo assim, quando Saturno adentra nossa
Casa Doze, por exemplo, ele irá sempre nos trazer um tempo de síntese e de
conclusões concretizadas de tudo aquilo que viemos realizando até então, desde
o começo de seu ciclo, 27 anos antes, quando cruzava a linha do nosso
Ascendente e adentrava a Casa Um.
Quando Saturno passa dois anos e tanto
dentro de nossa Casa Doze, é tempo de síntese e de conclusões de seu longo
ciclo de 29 anos; é tempo de reclusão, de contração dentro de nossa própria
concha, de nosso útero próprio, de forma que exista um Renascimento,
sim, quando for o momento do cruzamento da linha do Ascendente, no
sentido de propostas e projetos bem estabelecidos para os próximos 29 anos de
seu ciclo, em termos de questões bem assentadas e estruturadas de resolução de
Karmas e Samskaras dessa nossa vida de aqui-e-agora. Tudo o que Saturno quer - e por isso é duro e
prático e um tanto insensível... - é que não saiamos de nossa encarnação sem
termos cumprido nossas tarefas, sem termos cumpridos nossas missões de vida
propostas em nosso Risco do Bordado, em nosso mapa astral, pelo posicionamento
de todas as Luzes, e fundamentalmente, pelo posicionamento, em Casa e Signo e
Aspectos, de Saturno, o senhor do umbral, o senhor do tempo, o senhor dos
limites e das concretizações planetárias.
Ao adentrar a Casa Um, a gente sente
que uma nova responsabilidade em termos de nossa vida nos invade e se instala
definitivamente - ou pelo menos ao longo dos seguintes 29 anos, a partir do
início desse novo ciclo saturnino. Em
olhando para nosso Saturno natal, sua Casa e seu Signo e seus Aspectos dentro
do nosso Risco do Bordado, certamente saberemos dizer a que viemos e nos
colocaremos a caminho para bem concretizarmos nossas missões de vida.
Lao Tsé nos diz que uma longa jornada
começa debaixo dos pés. Essa longa
jornada é sem dúvida algo acompanhado por nosso Saturno interior que nos traz
trabalho, projeto a longo prazo, perseverança, confiança na força do trabalho e
da perseverança, confiança em nossa força para bem realizarmos todas, todas,
todas, nossas missões de vida, dia mais ou dia menos. Uma longa jornada começa com o primeiro
passo. É uma longa estrada, é longo o
caminho até realmente alcançarmos Saturno, Capricórnio e nosso Meio do Céu e
nossa Casa Dez. É como se tivéssemos que
galgar, por nós mesmos, o morro do Corcovado, alta montanha, a pé, escalando,
sempre com a ajuda de nossos mestres, sim, porém fazendo tudo isso por nós
mesmos, trabalhando perseverantemente.
Ao chegarmos ao tôpo da montanha do Corcovado ali nos encontraremos com
a imagem daquele ser que conseguiu bem finalizar seu Caminho da Iluminação e
seu Caminho da Liberação ou Imortalidade, nosso Mestre Jesus. Lá do alto, olharemos a cidade abaixo. Hora mais, hora menos, teremos que retornar a
estar junto aos homens - em Casa Onze e em Aquário e em Urano. Então, realmente finalizaremos nosso trabalho
dentro do Planeta Terra e finalmente poderemos repousar, dentro da Casa Doze.
É por isso que Saturno na Casa Um nos
aponta essa longa jornada que deverá ser começada debaixo dos nossos pés.
Em Casa Dois, Saturno nos aponta
nossas responsabilidades em termos de nossos ganhos pessoais junto à nossa
forma pessoal de exercer nossos dons naturais para assim nos realizar
financeiramente.
Em Casa Três, Saturno nos
confere nossa autonomia pessoal em nossa expressão de comunicação e nos cobra
nossa responsabilidade em relação a esse tema.
Em Casa Quatro, Saturno nos
aponta para nossas raízes não somente em termos familiares e nacionais mas
certamente em termos planetários.
Em Casa Cinco, Saturno nos cobra
nossa ação em relação à nossa identidade essencial e pessoal e o que dela
fazemos e como ela transmitimos aos nossos filhos e aos nossos outros vários
empreendimentos de vida.
Em Casa Seis, Saturno nos leva a
labutarmos intensamente em nosso cotidiano de vida de forma a bem irmos
galgando, degrau por degrau, passo a passo, essa longa estrada...
Finalmente, quando cruza a linha do Descendente,
Saturno nos tem já prontos, desde o começo desse novo ciclo seu, em nossa
pessoalidade e em nossa essencialidade pessoal.
Estamos, pois, prontos para nos Encontrarmos com nosso Outro. Esse Encontro com nosso Outro, através de
Saturno, precisa ser estruturado de forma concreta e dizer a que veio.
Em Casa Oito, Saturno nos leva à
nossa concretização maior em termos de riqueza do nosso Outro que é por nós
compartilhada, ou não; nos leva à nossa metamorfose e à nossa regeneração, se
preciso for para que possamos continuar nossa longa jornada.
Em Casa Nove, Saturno nos leva a
concretizar de forma real e sem aspirações irrealizáveis, nossa vida dentro dos
conhecimentos e da expansão dos mesmos.
Quando cruza a linha do Meio do Céu,
Saturno nos propõe a começarmos a encetar uma espécie de conclusão de todo o
projeto de vida nossa dentro dessa longa estrada que começou com nosso primeiro
passo, em nossa Casa Um. Já muitos anos
se passaram, existe, pois, a cobrança, em Casa Dez, se todos esses anos e todo
esse trabalho e toda essa perseverança e toda essa estrada, enfim, todo esse esforço,
disseram a que vieram, realmente concretizaram várias de nossos projetos e de
nossas metas de vida... ou não.
Se tudo foi bem, safe and sound, a Casa
Onze vai soar como um doce refúgio, um doce encontro entre o ser realmente
concretizado em sua proficiência de trabalho e de ação de vida... e o resto dos
demais seres, que aguardam seu retorno e sua maturidade a lhes servir de
exemplo, a lhes passar suas experiências.
Se tudo não foi tão bem..., então a Casa Onze servirá de esperança para
dias melhores.... que serão mais bem analisados e sintetizados e concluídos, em
seu tema de final do ciclo ainda vigente, e que serão, na Casa Doze, ao
final do trabalho bem-feito ou não tão bem-feito - olhados em seus Karmas e
Samskaras - ações e reações em potencial - a serem novamente acumulados e distribuídos
ao longo das Doze Casas, ao longo dos Doze Cenários de Vida a partir de uma
nova jornada de Saturno cruzando o Ascendente e adentrando a Casa Um, abrindo
um novo ciclo de 29 anos.
Sempre, no
entanto, a cada Casa que Saturno vier a passear e a trazer a responsabilidade
da concretização desse Cenário dentro de seus Karmas e Samskaras a serem
vivenciados e resgatados, a visão de interpretação desse Transito nunca pode
ser desligada das intenções primordiais desse senhor do umbral dentro de seu lugar
natal de moradia, de seu posicionamento natal bem como dos lugares onde se
encontra o signo de Capricórnio - seguimento de Casa ou entrada de Casa -, e
certamente também os Signos e as Luzes que fazem parte da Casa Dez, natural e
correlata a Saturno.
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A verdade é:
em sendo Saturno um Arquétipo voltado para os Karmas e Samskaras - ações e
reações em potencial -, para a concretização das metas planetárias de vida de
encarnação, nas situações pessoais,
sociais e coletivas, é preciso que os eventos que nos vão acontecendo sejam
também coadjuvados pelas demais pessoas e instituições junto a nós!
Trocando em
miúdos: um evento a nós trazido por Saturno em seu Transito e realizando seus
Aspectos - mais harmoniosos ou menos harmoniosos -, nem sempre são inteiramente
pessoais e quase sempre nos são bastante sociais e coletivos, pressupondo
também questões relacionadas com os eventos e as ações das pessoas em torno à
nossa vida! Sendo assim, é sempre
necessário que haja uma adequação de tempos, dentro dos eventos e das situações
acontecidas, no palco de nossa vida, nos textos, nos cenários, dos atores
principais e nos atores coadjuvantes da grande peça de teatro de nossa vida.
Com um abraço estrelado,
Janine Milward